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Rio de Janeiro

Polícia faz operação na Rocinha em busca de suspeitos da morte de PM

Policiais militares vasculham a Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, em busca de suspeitos de envolvimento no assassinato do PM Diego Bruno Barbosa Henriques, morto durante patrulhamento na comunidade na última quinta-feira. Participam da operação desta terça-feira 80 policiais do Batalhão de Choque (BPChq), oito do Batalhão de Ação com Cães (BAC) e 30 do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Até o momento, não há informações de presos ou apreensões na comunidade.

Nesta segunda-feira (18), Rafael Silva de Barros, 18 anos, confessou ter matado o PM. O rapaz foi preso pela manhã por policiais da 14 ª DP (Leblon). Ele foi encontrado embaixo de um viaduto, em Botafogo, depois que o pai foi até a delegacia para revelar o paradeiro do filho. Antonio Fernando, de 40 anos, explicou que decidiu procurar a polícia porque tinha medo de ver o filho morto. O outro suspeito de participação no crime, Ronaldo Azevedo Oliveira da Cunha, de 24 anos, ainda está foragido.

Rafael estava dormindo quando os policiais chegaram ao local indicado. No momento em que foi abordado, o jovem não portava drogas nem armas e não resistiu à abordagem. Segundo a polícia, o criminoso estava refugiado no local desde sexta-feira, um dia após a morte do PM. A delegada Flávia Monteiro, titular da 14ª DP, prendeu Rafael temporariamente sob acusação de homicídio.

No momento em que chegou na delegacia, Rafael negou o crime, mas acabou admitindo a morte do PM, embora não tenha revelado a identidade de nenhum outro envolvido no crime. Rafael se diz arrependido do que fez, mas reservou-se ao direito de prestar depoimento para delegada e não quis dar detalhes do caso para os jornalistas.

O PM Diego Bruno Barbosa Henriques foi o segundo a ser assassinado na Rocinha desde o início do processo de pacificação. No dia 4 de abril, o cabo do Batalhão de Choque Rodrigo Alves Cavalcante, de 33 anos, também foi morto por um traficante quando fazia patrulhamento na favela. O cabo foi baleado ao abordar um suspeito numa das vielas da comunidade. O assassino, que disparou um único tiro e fugiu, deixou cair numa laje uma bolsa com balas calibre 9 mm e um documento de identidade. Identificado como Edilson Tenório de Araújo, de 42 anos, ele foi preso em maio, após se apresentar a polícia e negando ter atirado contra o PM.

Na próxima quinta-feira, a Rocinha vai ganhar a primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que terá o efetivo de 700 policiais. A comunidade, onde vivem mais de 70 mil pessoas, está ocupada pelas forças de segurança desde novembro passado.

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