Polícia fecha laboratório de refino de cocaína e dois são presos

Policiais da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil fecharam na terça-feira (22) um laboratório de refino de cocaína e apreenderam pequenas quantidades da droga, além de outras substâncias utilizadas para a produção do entorpecente. O local fica na cidade de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. O suposto proprietário do laboratório foi preso em flagrante, junto com outro homem, que comprava cocaína para revender no momento da prisão. Dentre as apreensões está uma substância, ainda não identificada pela polícia, que era usada na mistura para fazer o produto.

Os suspeitos foram presos em Curitiba, na Rua Desembargador Motta. Segundo a delegada-adjunta da Denarc Camila Cecconello, as investigações sobre o suposto responsável pelo laboratório começaram em abril de 2014 e a Polícia Civil recebeu informações sobre o paradeiro dele na terça-feira. "Nós o seguimos e o flagramos com outra pessoa realizando venda de cocaína. Ele é suspeito de abastecer traficantes na região central de Curitiba", diz a delegada.

Depois da prisão, os policiais seguiram para uma residência ainda em construção - localizada em Piraquara - e encontraram vários produtos utilizados para o refino da droga. Foram apreendidos 1,1 quilo de cocaína, 2,1 quilos de maconha, 15 quilos de ácido bórico, três litros de gasolina, liquidificador, panelas e bacias – usadas para fazer a mistura – além de balanças de precisão, rolos de papel para embalo da droga, uma pistola 765 e cerca de R$ 2 mil em dinheiro.

A delegada explica que as drogas estavam dentro de veículos e as panelas e liquidificadores, além de um fogão, estavam no interior da residência. "O homem é morador de Matinhos e vinha constantemente para Piraquara onde mantinha esse laboratório", diz Camila. Na casa dele em Matinhos, segundo Camila, foram encontrados os 15 quilos de ácido bórico.

Substância desconhecida

Entre os produtos usados para o preparo da cocaína, os policiais ainda encontraram uma substância que não foi identificada. A delegada diz que não é comum encontrar esse tipo de substância. "A droga geralmente vem preparada de outros lugares, em tabletes, e os traficantes apenas fazem a venda aqui". Por isso, segundo ela, fica difícil reconhecer logo de início o que seria o produto.

Camila lembra que este é só o segundo laboratório fechado na Grande Curitiba – em março um foi fechado no bairro Novo Mundo. A Denarc encaminhou à Polícia Científica o produto para que se saiba do que se trata a substância encontrada.

Investigações

A Polícia ainda segue as investigações para saber se outras pessoas estariam envolvidas com o laboratório e de quem o responsável pelo laboratório obtinha a pasta-base para fazer a cocaína.

Sobre o suposto envolvimento no caso, o acusado de ser o dono do laboratório diz que desconhece os produtos apreendidos e que só comprou o terreno há alguns meses em Piraquara. Ele acusa o antigo dono da propriedade de ter deixado no local os veículos em que a polícia encontrou as drogas e produtos para o preparo. Ele também nega envolvimento com tráfico.

O homem era foragido do sistema penitenciário por roubo. Com a prisão, ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de armas. O outro acusado já possuía passagem pela Polícia por tráfico de drogas, mesmo crime pelo qual foi autuado novamente.