A Polícia Federal recorreu à psicologia para defender o direito ao uso de algemas, prática limitada por súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) de agosto. Um parecer das psicólogas Miriam Regina Braga e Mariana Neffa Araújo Lage, da Academia Nacional de Polícia, adverte sobre "a impossível missão imposta ao policial" de avaliar em que situação elas devem ou não ser usadas.
As duas argumentam que as pessoas são imprevisíveis em momentos de estresse, como na hora de uma prisão. Com citações a diversos estudos, concluem que "uma padronização de procedimento é a opção mais adequada, tornando o ato de algemar em todas as situações a mais segura para todos envolvidos". O parecer foi pedido pelo Setor de Ensino Operacional da Academia Nacional de Polícia do Departamento de Polícia Federal.
O trabalho é contestado. Talvane de Moraes, psiquiatra há 45 anos, que lida com a psiquiatria forense no Rio, acha que as duas generalizaram uma situação para defenderem uma tese "consentânea com o local onde trabalham". Em São Paulo, o também psiquiatra forense Guido Palomba, presidente da Academia Paulista de Medicina, considera "que elas forçaram um pouco a barra dizendo que todo quadro de estresse leva a comportamentos imprevisíveis".
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