Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Investigações no MEC

Polícia Federal apura “boatos” de interferências na Operação “Acesso Pago”

Polícia Federal emite nota sobre "boatos de interferência" na Operação "Acesso Pago" (Foto: Polícia Federal/Divulgação)

Ouça este conteúdo

A Polícia Federal (PF) informou, nesta quinta-feira (23), que será instaurado um procedimento apuratório para verificar se houve eventuais interferências durante a operação "Acesso Pago", que prendeu preventivamente o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro e mais quatro investigados. Todos devem ser soltos após decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). A iniciativa da PF visa buscar total esclarecimento dos fatos e a garantia de autonomia e independência funcional.

>> Faça parte do canal de Vida e Cidadania no Telegram

"Considerando boatos de possível interferência na execução da Operação Acesso Pago e objetivando garantir a autonomia e a independência funcional do Delegado de Polícia Federal, conforme garante a Lei nº 12.830/2013, informamos que foi determinada a instauração de procedimento apuratório para verificar a eventual ocorrência de interferência, buscando o total esclarecimento dos fatos.", diz a Polícia Federal.

A nota da PF foi divulgada após a publicação de uma reportagem da Folha de São Paulo. De acordo com a reportagem, o delegado responsável pelo caso, Bruno Calandrini, enviou mensagens aos colegas alegando "interferência na condução da investigação".

Segundo a Folha, "Bruno Calandrini diz no texto que a investigação foi "prejudicada" em razão de tratamento diferenciado dado pela polícia ao ex-ministro do governo Jair Bolsonaro.

Na mensagem encaminhada as pessoas que participaram da operação, o delegado agradece o empenho, mas diz não ter "autonomia investigativa para conduzir o inquérito deste caso com independência e segurança institucional".

O delegado também reclamou que a PF em São Paulo descumpriu orientação para levar o ex-ministro para sede em Brasília, por decisão superior. Ele alegou que a não transferência foi "à revelia da decisão judicial".

“O deslocamento de Milton para a carceragem da PF em SP é demonstração de interferência na condução da investigação, por isso, afirmo não ter autonomia investigativa e administrativa para conduzir o inquérito policial deste caso com independência e segurança institucional”, diz trecho da mensagem mostrada pela Folha.

"A denúncia é grave e deve ser feita uma sindicância para apurar possíveis interferências", disseram juristas ouvidos pela CNN Brasil.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.