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Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita). | Divulgação
Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita).| Foto: Divulgação

Brasília – A Polícia Federal começa hoje a levantar informações em órgãos públicos de Alagoas para verificar a autenticidade dos documentos apresentados pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para comprovar seus lucros com a venda de gado. O objetivo é cruzar as informações apresentas pelo senador com o registrado em órgãos públicos do Estado e do município de Murici (AL), onde Renan tem uma fazenda.

A análise dos papéis será acompanhada pelo diretor da Secretaria de Controle Interno do Senado, Shalom Einstoss Granado, que viajou ontem a Maceió. A secretaria é um órgão auxiliar do TCU (Tribunal de Contas da União), que audita as contas do Congresso.

A assessoria jurídica do presidente do Conselho de Ética, senador Sibá Machado (PT-AC), disse que o Senado não participará da perícia, só acompanhará os trabalhos da PF.

A polícia decidiu agir em duas frentes. Em Brasília, o INC (Instituto Nacional de Criminalística) fará a análise documentoscópica (avaliar se as assinaturas foram feitas nas datas indicadas e pela pessoa que consta do documento), enquanto em Alagoas os policiais irão checar nos órgãos públicos se os documentos foram emitidos para possibilitar o cruzamento de informações.

O Conselho de Ética estabeleceu prazo até amanhã para que a PF conclua a perícia, quando está marcada a sessão para votar o relatório do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) que pede o arquivamento do processo. Para concluir a análise da documentação apresentada por Renan, os peritos da PF vão focar o seu trabalho no aspecto burocrático exigido pela legislação para emitir e utilizar notas.

A PF tomou a decisão de seguir a linha burocrática por ser a mais rápida, ainda que não seja a mais completa nem definitiva para concluir o que é fundamental: a licitude das fontes de renda de Renan. Isso significa rastrear, conforme previsão legal, se a emissão da nota foi autorizada pelo órgão competente, se existem três vias e se elas estão com os devidos destinatários: o emissor, que fica com sua via e uma cópia à disposição do fisco, e destinatário, que recebe o original.

O conselho decidiu periciar os papéis depois de reportagens indicando que as notas apresentadas por Renan podem ser frias. Com os documentos, o senador pretende comprovar que tem renda e rebater acusações de que a construtora Mendes Júnior pagou contas da jornalista Mônica Veloso a seu pedido.

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