Reintegração
Movimento popular classifica despejo de "violência pacífica"
Nicoly Kulcheski, integrante do movimento Assembleia Popular, acompanhou a reintegração de posse e criticou a falta de preparo dos órgãos envolvidos como um todo para lidar com as questões que surgem em ações como essa. "Tinha duas grávidas aqui e elas precisaram ser encaminhadas para o hospital, mas não havia nenhuma ambulância à disposição", disse.
Nicoly disse que não houve violência física durante a reintegração, mas classificou de "violência pacífica" o ato. "É bem contraditório mesmo, porque as famílias já tinham decoração de Natal, estavam dando uma identidade ao local. A ação começou pacífica, com diálogo com as famílias, de um jeito moderado. E as pessoas foram saindo das casas sem resistência."
A Polícia Federal comandou ontem uma ação de reintegração de posse no bairro Ganchinho, em Curitiba. A intenção era retirar as famílias que ocupavam irregularmente 56 casas desde o início de outubro. A estimativa é de que 200 pessoas estivessem nas residências do Conjunto Iguaçu III, que integra o programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
A assessoria de imprensa da PF informou que foram cerca de 550 policiais, guardas municipais e mais alguns funcionários públicos federais de outros setores envolvidos na reintegração. Eles foram ao local, na região sul de Curitiba, ainda na madrugada de quarta-feira. Alguns moradores, conforme a corporação, chegaram a resistir no início. Eles tentaram atear fogo em alguns objetos como protesto, mas foram impedidos pelos policiais.
O clima na região, apesar de tenso pelo grande número de policiais, foi considerado sob controle pela Polícia Federal. Após o incidente do início da operação, não foram mais registrados problemas de enfrentamento. Conforme a PF, os moradores das casas reintegradas deixaram as construções de maneira pacífica.
Cohab
A Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab) informou que após a desocupação, as casas são lacradas e um chaveiro, contratado pela Caixa Econômica Federal (CEF), trocará todas as fechaduras. A Cohab fica, a partir do momento em que as casas estão vazias, responsável por colocar outras famílias. A entidade diz que pretende fazer isso o mais rápido possível, para evitar problemas.
Na data da ocupação, a Cohab estava fazendo a distribuição das famílias da fila da habitação nas casas do conjunto Iguaçu III. A maior parte das 643 casas do local já estavam devidamente ocupadas, mas a demora para definir a situação das últimas 56 causou a invasão.
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