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Entrevista

Polícia Federal do PR troca de comando

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O superintendente da Polícia Federal (PF) no Paraná Jaber Makul Hanna Saadi, 69 anos, deixou o estado para assumir o posto de comando da PF em São Paulo nesta semana – no seu lugar fica, interinamente, o delegado Alcyon Dalla Carbonare. Em entrevista, Saadi faz um balanço do tempo à frente da PF paranaense e fala sobre os próximos desafios.

Nos últimos quatro anos e meio, a PF do Paraná esteve constantemente no noticiário com operações nacionais. Só no período em que Saadi esteve no comando, foram 66 grandes operações e 170 mil quilos de maconha e cocaína apreendidos até o fim de 2006. Segundo o superintendente, o trabalho da PF anda tão intenso que faltam datas para operações.

Como o senhor avalia o tempo em que ficou à frente da PF do Paraná?Foi muito bom porque conseguimos concluir a obra da nova sede de Curitiba e de Foz do Iguaçu. Mas o principal foi que todos os órgãos – Polícia Federal, Secretaria de Segurança Pública, Receita Federal, Exército, Marinha, Aeronáutica e Banco Central – se uniram para que pudéssemos realmente fazer um combate eficaz contra grupos que tentam burlar a sociedade.

Além dessa união, que outros aspectos ajudaram?Indiscutivelmente, a qualificação do pessoal. Ao lado disso, a aquisição de ferramentas de investigação, informatização do sistema e o apoio do Ministério da Justiça, com a filosofia adotada pelo ex-ministro Márcio Thomaz Bastos e hoje com o aval do ministro Tarso Genro, que dá liberdade para as investigações.

O senhor lembra quantas operações foram feitas nesse período?Dezenas. Tivemos grande operações, como a Hidra, Dilúvio, Farol da Colina e, recentemente, a Columbus. Também batemos recordes absolutos de apreensão de drogas. O trabalho de investigação e de inteligência é tão intenso que estamos procurando datas para cumprir operações.

Tem havido mais operações ou elas têm sido mais divulgadas?Ao fazer uma operação, a PF se obriga a mandar para o Ministério Público que, por sua vez, denuncia à Justiça. Ao denunciar à Justiça, o fato torna-se público. É nesse momento que a população toma conhecimento. Além disso, prender alguém com poder aquisitivo chama a atenção.

Por que o Paraná foi sede de várias dessas operações?Por contar com policiais eficientes que não hesitam em trabalhar 24 horas por dia ou ficar fazendo investigações durante dias, no meio do mato, para levantar informações que dêem ao Ministério Público e à Justiça Federal condições de condenar. O Paraná tem aparecido porque tem concentrado investigações que são de cunho até internacional.

Como surgiu o convite para ir a São Paulo?Estou chegando ao momento até de parar de trabalhar (risos), mas como há necessidade e como o departamento, na pessoa do doutor Paulo Lacerda (diretor-geral da PF), me convidou a retornar ao meu estado e dar prosseguimento a esta união de forças no combate à criminalidade, decidi ir.

Quais os próximos desafios?Conseguir fazer com que São Paulo tenha o mesmo desempenho do Paraná e tentar fazer com que todas as forças direcionem seus contigentes para o combate ao crime.

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