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A Polícia Federal (PF) de Mato Grossoprendeu, na manhã desta sexta-feira (19), 14 suspeitos de envolvimento em fraudes em processos de desapropriação agrária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Dentre eles, está um funcionário de alto escalão, outros cinco empregados do instituto, dois procuradores e fazendeiros.

Todos eles são suspeitos de fazer parte de uma quadrilha que fraudava laudos e deslocava títulos de terras em processos de desapropriação para reforma agrária. "Essa quadrilha escolhia áreas de terras devolutas, que já estavam incorporadas ao patrimônio da União, e simulavam desapropriações junto ao Poder Judiciário", explica o procurador da República Mário Lúcio Avelar.

"As áreas escolhidas eram, preferencialmente, de florestas. Eles praticavam danos ambientais e contra o patrimônio público", diz Avelar.

A polícia já identificou irregularidades em seis processos de desapropriação de terras abrangendo 7 mil hectares no norte de Mato Grosso. As fraudes movimentariam cerca de R$ 15 milhões se as desapropriações tivessem sido autorizadas.

A Justiça já decretou a quebra do sigilo bancário de todos os envolvidos no esquema.

Segundo a assessoria da PF, na operação devem ser cumpridos 16 mandados de prisão preventiva, nove deles em Cuiabá, e 24 mandados de busca e apreensão. As prisões em Mato Grosso, além de Cuiabá, ocorreram em Várzea Grande, Cáceres, Sinop e Itaúba.

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