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O departamento de polícia científica de Goiás identificou mais dois corpos das oito vítimas da queda de um helicóptero da Polícia Civil. O helicóptero da corporação caiu na tarde de terça-feira, próximo à cidade de Piranhas (GO), matando oito pessoas que participavam da reconstituição da chacina em Doverlândia (GO).

No Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, peritos passaram a madrugada fazendo exames para identificar os corpos dos ocupantes do helicóptero. "O mais breve que nós pudermos, vamos fazer a liberação dos corpos para as famílias", afirmou a superintende da polícia científica Rejane Sena Barcelos.

O primeiro a ser reconhecido foi o corpo do delegado Vinícius Batista, enterrado no fim da tarde desta quarta-feira. A identificação de todas as vítimas ainda não foi concluída porque foi preciso esperar os técnicos da Aeronáutica concluírem a perícia no local, para só então resgatar os corpos que estavam no meio dos destroços. O corpo do delegado Osvalmir Carrasco, que pilotava o helicóptero foi identificado na manhã desta quinta-feira. Para a identificação definitiva das outras vítimas, serão feitos exames de DNA.

O impacto da queda foi tão grande que abriu um buraco de um metro de profundidade no meio da mata. Pedaços da fuselagem ficaram espalhados por todos os lados. Moradores da região registraram o acidente logo depois que o helicóptero caiu. Eles tentavam apagar as chamas.

A chefe de Polícia Civil, Adriana Accorsi, se emocionou ao lembrar da última conversa com o grupo: "Às 13h, eu liguei, porque eu fui almoçar e me preocupei se eles tinham conseguido o almoço. Conversei com o doutor Antônio e ele estava muito alegre, dizendo que estava tudo correndo bem e ficou chateado porque eu não tinha ido junto".

Ainda não existe uma previsão de quando o relatório dos técnicos da Aeronáutica ficará pronto. A fabricante do helicóptero, uma empresa italiana, vai mandar um representante para Goiânia para acompanhar as investigações.

Uma caixa preta poderia ajudar a desvendar o que aconteceu, mas o helicóptero não tinha este dispositivo.

O secretário de segurança pública de Goiás, João Furtado Neto, descartou a possibilidade de o suspeito Aparecido Souza ter imobilizado o piloto e provocado a tragédia. "Essa aeronave é perfeitamente adaptada para o transporte de preso. O preso estava imobilizado, sentado com cinto de três pontas, algemado nos pés e algemado nas mãos. Não havia a possibilidade de ele interferir no voo", declarou.

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