A polícia já identificou o principal suspeito de ter assassinado o feirante Anderson de Andrade Godoi, de 19 anos, na madrugada de quinta para sexta-feira, à frente do Portão 2 da Universidade Tuiuti. Segundo a Delegacia de Homicídios (DH), Godoi acompanhava amigos em uma Parati bordô que teria sido atingida por um Focus Vermelho. Após a colisão, os condutores dos carros teriam brigado e Godoi tentou conter a luta, sendo atingido por dois disparos.

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O delegado Maurílio Alves, responsável pelo caso, aguarda a apresentação do condutor do Focus até segunda-feira. Caso contrário, vai pedir prisão provisória. Os dois veículos e uma picape F-250, atingida por um dos tiros, foram apreendidos pela delegacia. Há, no entanto, uma segunda versão para a história. Segundo testemunhas que assistiram à ocorrência, Godoi estaria brigando com o condutor quando foi alvejado pelas balas. Para tirar a dúvida, a DH procurou câmeras de segurança que tivessem flagrado a briga, mas não as encontrou.

"A câmera de um dos bares não registrou a confusão e o homicídio, porque está mais focada para o estabelecimento. A da Universidade está com defeito e, mesmo que tivesse funcionando, não seria capaz de registrar", explica Alves. Com a apresentação do condutor, o delegado crê na elucidação do caso.

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Ontem, o corpo de Godoi foi velado na capela do Cemitério Santa Felicidade e será enterrado às 9 horas de hoje no Cemitério do Orleans. O pai do rapaz, Ângelo José Godoi, de 44 anos, afirma que tinha excelente relação com o filho. "Ele chegou em casa, tomou banho e disse que iria ao bar. Foi separar a briga e sobrou para ele", diz. Adnínsol de Andrade Godoi, o irmão mais velho de 20 anos, conta que, segundo amigos que estavam no local, a vítima teria mesmo tentado separar a briga. Anderson Godoi foi preso em fevereiro de 2010 por roubo de farmácia e estava em liberdade desde outubro.

Policiamento

Alvo de constantes reclamações dos moradores da região pelo barulho e pela algazarra, o proprietário de um bar localizado ao lado da Universidade Tuiuti que não quis se identificar alega que nenhum dos envolvidos ia ao estabelecimento com frequência. Segundo ele, uma viatura da Polícia Militar permaneceu próxima ao local até às 23h30 – a briga teria ocorrido por volta da 1 hora. "Nós pedimos policiamento, mas não somos atendidos. Se aconteceu com um cliente, pode acontecer conosco", reclama. "Temos toda a documentação em dia e pagamos todos os impostos", diz.