A Polícia Civil de Jaguariúna, a 123 km de São Paulo, indiciou nesta terça-feira (28) mais uma pessoa pela morte de quatro jovens no rodeio de 2009. Maria Carolina da Silva Winkler, apontada como responsável pela montagem das estruturas do rodeio na cidade, vai responder por homicídio culposo e lesão corporal culposa (quando não há intenção de causar dano). Ela não foi encontrada para se manifestar sobre o indiciamento.
Na segunda-feira (20), um dos organizadores do Jaguariúna Rodeo Festival também foi indiciado pelos mesmos crimes. De acordo com o delegado que investiga o caso, Osmar Adorni, até o final da próxima semana um engenheiro, que elaborou o projeto de proteção e combate a incêndio e pânico da festa, também deve ser indiciado.
O caso
A tragédia no Rodeio de Jaguariúna aconteceu na madrugada do dia 23 de maio de 2009. Quatro jovens morreram e outras 11 pessoas ficaram feridas. Ariel Avalar, de 19 anos, Vivian Montagner Contrera, de 18 anos, Andrea Paola de Carvalho, de 19 anos e Giovana Pereti, de 27 anos, foram pisoteadas durante uma confusão em um dos corredores de acesso à arena, que ficava embaixo da arquibancada, em frente ao palco.
Imagens feitas por um cinegrafista amador na época mostraram a entrada tumultuada para o show. Ao mesmo tempo, muita gente tentava sair. O Ministério Público de Jaguariúna recebeu no dia 23 de junho deste ano o inquérito. O relatório enviado pela Polícia Civil estava baseado em depoimentos e na perícia feita pelo Instituto de Criminalística na ocasião.
Segundo a polícia, o laudo divulgado em maio de 2010 pela perícia apontou irregularidades na organização da festa, entre elas superlotação, falta de preparo dos seguranças e deficiência nas saídas de emergência. Depois da análise do inquérito, o promotor Leonardo Romano Soares constatou que faltavam alguns depoimentos e, por isso, encaminhou o documento com as solicitações à polícia.