Outros casos no estado

No dia 16 de outubro um bebê de quatro meses morreu depois que o padrasto Vlademir das Dores Oliveira, de 22 anos, bateu com a cabeça da criança na ponta da mesa. A mãe do bebê disse à polícia que Oliveira se irritou com o choro da criança. O padrasto foi preso no dia seguinte acusado de matar o bebê. O caso aconteceu em Colombo.

Em julho deste ano, um recém-nascido foi encontrado abandonado debaixo da chuva, ainda com vida, em frente a uma casa em Candói, na região Central do Paraná, mas morreu misteriosamente 13 dias depois no Berçário Municipal de Guarapuava. O caso também é investigado pela polícia.

Um caso que também chamou bastante a atenção aconteceu em maio em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, quando Nicole Eduarda Ponfrecki Guedes, de 40 dias, foi dada, primeiramente, como seqüestrada.

Após reviravoltas, a mãe da criança, Karla Cassiane Ponfrecki, de 19 anos, acabou sendo indiciada pela polícia pelos crimes de ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime à polícia. Dias depois de desaparecida, a criança foi encontrada morta em uma valeta, em Colombo.

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A Polícia Civil de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, está investigando um caso de suspeita de maus-tratos contra um bebê de um ano e nove meses. Nikson de Freitas morreu na tarde de domingo (4) no distrito de Contenda. Em Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, um bebê de um mês morreu após dar entrada do Pronto-Atendimento Médico da cidade com traumatismo craniano.

O bebê de Contenda foi levado pela madrasta ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de São José dos Pinhais por volta de 16h. De acordo com o policial Flávio Matowski, a mulher disse que a criança teria desmaiado durante o banho. "Eu não sei se o bebê já chegou morto ou se estava desmaiado. Os médicos ainda tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso", disse Matowski.

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O corpo de Nikson foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba na noite de domingo (4) para necropsia e liberado na manhã desta segunda-feira. O laudo do IML concluiu que o bebê morreu de hemorragia em razão do rompimento do baço. O superintendente da delegacia regional de São José dos Pinhais, Altair Ferreira, informou que o laudo do instituto descarta que uma possível queda do bebê provocaria o rompimento do órgão. "Pelo que conversei com o perito, o ferimento foi provocado por uma pancada. Além disso, há diversos hematomas no corpo do bebê", disse.

Nikson morava em Contenda com o pai e a madrasta. A mãe reside em Pitanga, na região dos Campos Gerais. A criança foi enterrada na tarde desta segunda-feira (5). Os pais e a madrasta vão prestar depoimento nesta terça-feira. "A possibilidade mais forte é homicídio", disse Ferreira. A madrasta, ainda de acordo com o superintendente, é a principal suspeita. "Vizinhos já nos relataram casos de maus-tratos da madrasta contra a criança", mais ainda estamos investigando", comentou.

A madrasta foi procurada durante toda a tarde pelo oficial de justiça para receber a intimação que a notifica para prestar depoimento. Segundo o superintendente, ela não foi encontrada em nenhum endereço. "Se ela não aparecer para depor vamos pedir a prisão temporária dela", disse Ferreira.

Briga

Em Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, um bebê de apenas um mês e 25 dias morreu após dar entrada do Pronto-Atendimento Médico da cidade, na manhã do último sábado (3), com traumatismo craniano. Os atendentes constataram hematomas nos braços do bebê e acionaram a polícia, que deu voz de prisão à mãe.

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Encaminhada à delegacia de polícia de Telêmaco Borba, ela alegou que havia caído sobre o bebê durante uma briga com o marido na noite anterior e, só pela manhã, constatou que a criança estava morta. De acordo com o delegado Jorge Luís Wolker, responsável pelo caso, a suspeita, reforçada pelo laudo preliminar do IML de Ponta Grossa, é de que a mãe tenha chacoalhado e arremessado a criança sobre a cama.

Wolker ainda afirma que há indícios de que a mãe fazia uso constante de crack na casa onde vivia com o bebê e mais dois filhos. O pai da criança está sendo procurado para prestar esclarecimentos e, caso não se apresente até manhã desta terça-feira, será dado como foragido. A mãe do bebê permanece presa e, caso seja responsabilizada pela morte, poderá ser indiciada por homicídio com culpa consciente. Um laudo conclusivo do IML deverá sair na próxima quinta-feira.