Uma menina de três anos e sua mãe foram encontradas mortas, na noite de terça-feira, dentro de casa no bairro Cachoeira, em Curitiba. Policiais militares chegaram no local a partir da denúncia anônima de uma mulher. O silêncio da empregada doméstica Luiza Souza Reis, de 26 anos, e da menina L.A. nos últimos dias levou os vizinhos suspeitarem que alguma tragédia tinha acontecido. Além dos corpos, os policiais também chegaram a um prato de comida sobre a mesa e um pote de iogurte; ao que tudo indica envenenados.

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A suspeita de que Luiza teria intoxicado Larissa e depois se matado aumenta depois do relato do ex-marido Luiz Antônio de Araújo. "Ela dizia para os vizinhos que queria acabar com a vida das crianças e com a dela". De acordo com o delegado-titular da Delegacia de Homicídios, Luiz Alberto Cartaxo, que investiga o caso, essa versão foi confirmada por uma vizinha. No domingo, Luiza foi até o Jardim Graziela em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, buscar o filho de seis anos que mora com Araújo, mas ele não quis acompanhar a mãe. "Ela saiu daqui nervosa", afirma Araújo.

Na segunda-feira, Luiza não foi trabalhar e, na terça, sua patroa entrou em contato com Araújo em busca de informações. O ex-marido conversou com uma vizinha de Luiza que relatou que a moça nem a menina teriam aparecido. Os moradores da região verificaram que a casa estava trancada por dentro e arrombaram a porta, quando encontraram as duas mortas. "Ela aparentava cuidar bem das crianças, mas de vez enquando tornava-se agressiva. Ela devia estar deprimida", conta Araújo.

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Para o delegado Cartaxo, embora seja um quadro aparente de homicídio seguido de suicídio, ainda não é possível afirmar que Luíza envenenou a filha e depois se matou da mesma maneira. Os investigadores aguardam laudos dos corpos e exames toxicológicos do Instituto Médico Legal e do Instituto de Criminalística para darem continuidade ao caso.