Ex-diretor geral do Detran preso diz que é inocente e vítima de armação política
O ex-diretor geral do Detran-PR César Roberto Franco, 44 anos, preso na manhã desta terça-feira, disse que é vítima de uma armação política com o objetivo de desviar as atenções para assuntos graves no atual governo. Durante uma rápida entrevista concedida à imprensa, no 1.º Distrito Policial, no Centro de Curitiba, Franco contou que está sofrendo um verdadeiro massacre diante da opinião pública e que vai provar sua inocência.
A Polícia Civil investiga outra suposta fraude no Departamento de Trânsito (Detran) do Paraná durante a administração do ex-diretor-geral César Franco, entre 1997 e 2002. O novo golpe seria sustentado por um contrato de consultoria feito sem licitação, com quatro termos aditivos. Por ele, o Detran pagou cerca de R$ 6 milhões à Embracon Consultoria, do empresário Maurício Roberto Silva, onde, segundo o Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), se fazia a lavagem de dinheiro da corrupção no governo Jaime Lerner.
César Franco e a antiga cúpula do Detran foram presos na terça-feira (17) na operação Trânsito Livre, que também levou para a cadeia advogados, consultores e empresários. As prisões ocorreram no Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Os últimos três presos foram transferidos na quarta-feira (18) de Brasília para Curitiba. Os advogados do grupo acusado de aplicar um golpe de R$ 9,5 milhões no Detran (embora o prejuízo possa chegar a R$ 19 milhões), por meio de créditos tributários inexistentes, já começou a solicitar a revogação das prisões preventivas, dizendo que elas são ilegais.
Entre os presos está uma mulher grávida de seis meses, detida no Rio de Janeiro e trazida para Curitiba ainda na terça. Ela teria sido usada como "laranja" para lavar dinheiro de corrupção no Detran, na Copel e outros órgãos públicos do estado. A mulher e outras cinco detidas na operação estão numa ala especial no Centro de Triagem Feminino de Curitiba. Já os homens foram levados para o Centro de Triagem II, em Piraquara, na região metropolitana da capital. A Ordem dos Advogados do Brasil, seção Paraná, está acompanhando o caso, pois dos 26 presos cinco são advogados.
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