A avaliação minuciosa de uma jóia de ouro recolhida durante a Operação Aladim, na última terça-feira, em São Paulo, chamou a atenção dos investigadores que apuram o envolvimento de empresas iranianas com sonegação fiscal. A jóia teve o seu número de registro raspado, o que levanta a suspeita de comércio de produtos de origem desconhecida. Entre os estabelecimentos vistoriados estão as lojas Medalhão Persa, em Curitiba, de propriedade de Youssef Amirkiai, organizador de leilões na televisão.
A Operação Aladim aconteceu, simultaneamente, em Curitiba e São Paulo. Dólares, jóias e cheques recolhidos na ação paulista foram apresentados, ontem, na sede do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), em Curitiba. "A apreensão das jóias aconteceu porque não tinham documentos que comprovassem a sua origem. Elas podem ter entrado no país ilegalmente", relata o delegado do Nurce, Sérgio Sirino. No Paraná, a força-tarefa recolheu centenas de documentos fiscais e lacrou três cofres . "A apresentação de muitos documentos foi negada aos fiscais da Receita. Isso mostra que o caso deve ser mais grave", avalia o delegado do Cope, Marcus Michelotto.
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