O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), da Polícia Civil, investiga um professor de uma escola municipal no bairro Abranches, em Curitiba, por suspeita de abuso sexual contra as alunas, dentro de sala de aula. Até o momento, segundo o Nucria, já existem 15 vítimas incluídas no inquérito, aberto no início de setembro.

CARREGANDO :)

O professor, que teria 50 anos, dava aulas de informática a alunos menores de 14 anos. No dia 28 de agosto, o Nucria registrou o primeiro Boletim de Ocorrência (BO) de uma aluna que alegava ter sofrido abuso. De acordo com a delegada Sabrina Alexandrino, do Nucria, casos foram chegando aos poucos ao longo das últimas semanas.

"Testemunhas contam que os abusos têm sido cometidos desde o início do ano. Segundo os relatos, o professor costumava apalpar as genitálias e os seios das alunas quando se agachava ao lado do computador delas, para dar explicações", conta Sabrina.

Publicidade

Há duas semanas, o Nucria pediu a prisão preventiva do professor à 12ª Vara Criminal, de Crimes contra a Criança e o Adolescente. O pedido, no entanto, foi negado pela Justiça. Apesar disso, foi expedido um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. Foram apreendidos, segundo Sabrina, objetos que podem dar consistência às denúncias. "Pelo que ouvimos, o professor assediava alunas através de redes sociais. Recolhemos laptops e equipamentos eletrônicos que podem dar indícios importantes", disse.

As testemunhas, segundo o Nucria, relataram que o professor estaria cometendo os abusos desde o início do ano letivo, há sete meses. O servidor, no entanto, já lecionava naquela escola há pelo menos cinco anos, de acordo com a Polícia. A informação não foi confirmada pela Secretaria Municipal de Educação (SME).

Afastamento

A SME informou que o professor foi afastado das atividades e do convívio com as crianças assim que as denúncias chegaram à diretoria da escola, há duas semanas. Segundo a Secretaria, a Prefeitura acionou a Rede de Proteção para a Criança e o Adolescente e o Conselho Tutelar. A Secretaria informa ainda que foi aberto um inquérito administrativo contra o servidor. Se as acusações forem comprovadas, ele poderá ser exonerado.