Rio A Polícia Civil investiga a denúncia de que um receptador de carros roubados em Cascadura, na zona norte do Rio, seria o último elo com os cinco jovens acusados de participar do assalto que resultou na morte trágica do menino João Hélio.
Um inquérito foi instaurado para apurar a suspeita de que os criminosos integrariam uma quadrilha especializada em roubo de carros que agiria sob encomenda. Segundo o relato de testemunhas, um deles participava do chamado Clube do Opala e era conhecido na região por ter "muita facilidade" de conseguir peças. A polícia espera recolher provas nos próximos dias para identificar um homem apontado como o "cabeça" do grupo. "Fazer contatos para desmanche é o máximo que permite a capacidade intelectual deles. Tem alguém acima negociando isso", disse um policial que participa da investigação.
O delegado Hércules Pires do Nascimento disse que vai relatar no inquérito "requintes de crueldade" dos criminosos que mataram João Hélio. No último domingo, uma testemunha disse à polícia que o corpo do menino "parecia um pedaço de papelão jogado para cima e para os lados, quando batia nos quebra-molas, na lataria, no chão e nos postes".