A Polícia Civil vai investigar se o pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira, de 42 anos, conhecido como o “Monstro da Alba”, assassinou suas vítimas a pedido de traficantes de drogas. Na terça (28), o indiciado confessou ter matado e enterrado em sua casa seis usuários de drogas, justificando que enforcou suas vítimas porque tinha medo que elas contassem a criminosos que ele não era membro da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo Jorge Carrasco, delegado da 2.ª Seccional, existe a hipótese de que as vítimas de Oliveira tenham sido mortas porque deviam dinheiro ao tráfico de drogas. “[Não convenceu] Em hipótese nenhuma. É absurda a alegação dele que ele era oposição às facções, que tinha medo das vítimas falarem. Ele matou por motivo torpe”, afirmou Carrasco.
A partir desta quinta-feira (1), o 35º DP (Jabaquara) vai ter o reforço de um delegado, um escrivão e dois investigadores de polícia. A equipe irá ajudar a fazer o perfil das pessoas mortas pelo pintor. Ao todo, sete corpos foram encontrados sob o cômodo em que ele morava. Por enquanto, apenas Carlos Neto Alves de Matos Júnior, de 21 anos, foi identificado.
‘Casa dos Nóias’
No início da tarde desta quarta-feira (30), um trator da Prefeitura começou a derrubar a “Casa dos Nóias”, imóvel abandonado na rua do pintor em que Oliveira compartilhava drogas com outros dependentes químicos. Após a limpeza do terreno, peritos irão entrar no local para verificar se corpos foram enterrados no local.
Moradores da região afirmam que, no início do ano, dezenas de viciados se reuniam no local e que, antes do pintor ser preso, a quantidade de pessoas dentro do local era menor. Eles acreditam que os assassinatos tenham afastado os usuários da casa.
Pouco antes, durante a manhã, a Polícia Civil recebeu uma denúncia de que um corpo estaria escondido nas imediações da Favela Alba, em uma casa onde Oliveira prestava serviços como jardineiro. Equipes foram até o local com cães farejadores, mas nada foi encontrado.
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