O pecuarista londrinense Mário Fuganti Júnior, 40 anos, morto com três tiros de espingarda na noite de 4 de maio, pode ter sido assassinado por vingança. O inquérito que apura o crime ganhou na semana passada uma nova linha de investigação.
Com o apoio de dois agentes da Divisão do Interior da Polícia Civil, o delegado Durval Atahyde Filho, de Ortigueira, descobriu que Fuganti Júnior foi condenado por um homicídio cometido há 18 anos, quando ainda morava em Londrina.
"Encontramos esse dado no sistema da Polícia Civil. Ele foi condenado e cumpriu pena pelo assassinato de um homem", confirmou o delegado.
Os documentos do processo, de acordo com ele, estariam na 1ª Vara Criminal de Londrina. O JL tentou falar com o juiz João Luiz Clève Machado, da 1ª Vara, mas não conseguiu localizá-lo.
O depoimento de um caseiro da fazenda, localizada no município de Ortigueira, onde aconteceu a morte do pecuarista, reforça a tese de que o crime tenha sido encomendado. No início, a polícia até cogitou a possibilidade de execução, mas alegou que se tratava de um latrocínio, já que os criminosos levaram da vítima cerca de R$ 1,6 mil.
O caseiro foi rendido e amarrado dentro do banheiro da sede da fazenda. "Ele contou que um dos bandidos disse, antes de ir embora, que a morte do nosso irmão estava vingada", revelou. O delegado já solicitou cópias dos autos do processo para avançar com as investigações. "A hipótese de vingança ganhou força com essa informação", prosseguiu o delegado.
A polícia trabalha ainda com uma segunda possibilidade, que se tornou menos provável com o surgimento desse novo detalhe no inquérito. "Investigamos também uma disputa de terras". Há quatro anos, integrantes do Movimento do Trabalhadores Sem-Terra (MST) invadiram parte da fazenda da família, mas o delegado afirmou que não tem provas sobre a participação do movimento no assassinato do pecuarista.
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