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O delegado seccional Luís Carlos dos Santos confirmou nesta segunda-feira (17) que foi marcada para as 10h de quarta-feira (19) pelo delegado Sérgio Luditza, titular do 6º Distrito Policial de Santo André (ABC), a reconstituição do desfecho do cárcere privado das adolescentes Eloá Pimentel e Nayara Silva, ambas de 15 anos, por Lindemberg Alves, de 22 anos.

No dia 17 de outubro, policiais do Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar invadiram o apartamento onde Lindemberg mantinha as jovens reféns por cerca de 100 horas. Na ação, Eloá foi baleada na cabeça e na virilha e Nayara, no rosto, por Lindemberg. A morte cerebral de Eloá foi decretada no domingo, dia 19 de outubro, pela equipe médica do Centro Hospitalar de Santo André.

A reconstituição, no entanto, deverá ser realizada sem os principais protagonistas daquele fatídico episódico. Tanto o advogado da família de Nayara quanto a defensora de Lindemberg já tinham antecipado que nenhum deles iria participar da reconstituição.

A principal dúvida em relação ao desfecho é sobre o fato de Lindemberg ter atirado ou não pouco antes da invasão do apartamento pelos agentes do Gate. Logo após a invasão, no dia 17, o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar de São Paulo, coronel Eduardo José Félix, afirmou em entrevista coletiva que a polícia só invadiu o local após ter ouvido um tiro.

A informação, no entanto, foi negada por Nayara, que declarou no dia 22 de outubro em seu primeiro depoimento ao delegado Sérgio Luditza, que conduziu o inquérito sobre o episódio do desfecho, que não houve um tiro no apartamento onde era mantida refém por Lindemberg Alves. No dia seguinte (23), o coronel Félix admitiu que pode não ter havido o tiro antes da invasão.

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