A Polícia Militar diz que precisa de mais colaboração da população para amenizar o problema da violência no Uberaba. "Como único instrumento, a polícia não é eficaz, tendo em vista a falta de colaboração das testemunhas que têm medo de se exporem, a falta de colaboração dos pais e a falta de conhecimento dos adolescentes que estão se enterrando", afirma a tenente Andréia Cristina Lazzarotto, responsável pelo 4.º Esquadrão da Polícia Militar, que atende à região.
Diariamente, a polícia recebe pelo menos um chamado para conter a algazarra das galeras. "Eles têm o direito de ir e vir. Quando a polícia chega, eles se dispersam e não fazem nada [de ilegal]", diz Andréia. A PM tem feito trabalhos comunitários para alertar os pais sobre o problema. "Não queremos dizer que eles (os jovens) não podem fazer amizade. Mas é preciso ter cuidado."
A tenente pede que os pais fiquem atentos ao comportamento de seus filhos. Interesses por determinada moda de tênis, bonés e camisetas; trejeitos diferentes e marcantes, com ombros caídos, coluna curvada para frente e olhar para baixo; saídas no final da tarde e início da noite; e não levar os amigos para dentro de casa podem ser sinais de que o jovem faz parte de alguma galera.
Especialista
De acordo com a neuropsicóloga Mary Alcântara, a falta de um referencial masculino dentro de casa, de identidade, de objetivo e a ociosidade fazem com que adolescentes busquem grupos na rua. "Buscam força e poder", diz Mary. "Não vamos resolver o problema da marginalidade só com a polícia. É preciso que a comunidade se conscientize", afirma Jaime Piloni, há 30 anos no Uberaba.
Serviço - Policiamento Ostensivo Volante do Uberaba: 9914-9745.
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