Ponta Grossa As Polícias Civil e Militar de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, ainda tentam descobrir quem é a mãe que abandonou um bebê recém-nascido encontrado no sábado por um casal de catadores de papel dentro de uma caixa de madeira, usada por pedreiros para fazer massa de cimento, em uma rua da cidade.
As investigações começaram no sábado, quando Sílvio Gaça, de 39 anos, encontrou a menina hoje com 12 dias enrolada dentro de um cobertor e a levou para casa, para trocar a fralda e alimentá-la. Logo em seguida, ligou para a polícia.
Andressa Caroline, nome dado por Gaça, foi encaminhada ao Hospital da Criança de Ponta Grossa para realizar exames. Segundo o médico que atendeu o bebê, Jaime Figueira Júnior, o estado de saúde dela é perfeito.
No hospital, o bebê é chamado pelas enfermeiras de Ana Clara. Mesmo o Conselho Tutelar não autorizando, a menina recebeu muitas visitas durante o fim de semana. "Como o quarto onde ela está é coletivo, o pessoal que vem visitar outras crianças acabam dando uma olhada nela, para matar a curiosidade", diz um enfermeiro do hospital, que não quis se identificar. O catador de papel e sua esposa não puderam ver a menina no hospital.
A presidente do Conselho Tutelar da cidade, Jocemara Santos, informou que a criança será encaminhada para um abrigo de menores após receber alta do hospital, prevista para terça-feira. Como Gaça quer adotá-la, terá que aguardar a decisão da Vara da Infância e Juventude sobre quem será o responsável pela guarda da criança.
Caso for encontrada, a mãe que abandonou o bebê pode ser presa e processada pela Justiça por abandono de incapaz. A pena varia de seis meses a 3 anos de prisão.