A polícia ainda está buscando detalhes sobre a morte da menina Nicole Eduarda Ponfrecki Guedes, de 40 dias, encontrada morta na sexta-feira, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Nesta segunda-feira, a polícia está ouvindo testemunhas do caso - o inquérito deve ser concluso até 10 de junho.
Nesta semana, a polícia deve fazer ainda a reconstituição do crime. A delegada Daniele de Oliveira Serigheli, titular do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), aguarda laudos do Instituto de Medicina Legal (IML) sobre a causa da morte e o resultado da amostra de sangue coletado na casa da criança e das roupas que a mãe, Karla Cassiane Ponfrecki, de 19 anos, usava no dia da morte do bebê.
Nicole morreu na quarta-feria, mas o corpo foi encontrado dois dias depois. No dia em que a filha morreu, Karla disse à polícia que Nicole tinha sido roubada de seus braços por um homem. A partir daí, a polícia começou a investigar o suposto roubo. Na sexta-feira, porém, familiares de Nicole encontraram o corpo da criança jogado numa valeta próximo à casa dos pais. Karla, em depoimento prestado à polícia, desmentiu a história do roubo e deu uma nova versão para a morte do bebê.
De acordo com Karla, Nicole teria caído de seus braços depois de ser amamentada. Ela contou que a criança caiu e bateu com a cabeça no chão, morrendo em seguida. Assustada e com medo da reação do pai da criança e dos familiares, ela resolveu esconder o corpo e inventar a versão do roubo. Karla, ainda na sexta-feira, foi presa. Nicole foi enterrada na manhã de sábado, em Colombo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), nesta semana Karla deve passar por um exame psiquiátrico forense para detectar um possível problema de depressão pós-parto. A polícia não afasta a possibilidade de infanticídio - em termos jurídicos, a palavra é utilizada quando a morte do filho é provocada pela mãe no parto ou em caso de depressão pós-parto.
