A Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo chegou a parar o carro de Elize Araújo Matsunaga, de 30 anos, uma Pajero TR4, no dia 20 de maio, mesma data em que a técnica em enfermagem e bacharel em direito se livrou dos sacos plásticos onde colocou as partes do corpo do marido, o executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga, de 40 anos, morto e esquartejado por ela no dia anterior. Elize seguia de carro para o Paraná, onde nasceu e pretendia jogar os sacos plásticos, mas foi abordada por policiais rodoviários em Capão Bonito, no interior paulista, que receberam a informação de que um "radar inteligente" detectou que o licenciamento do veículo estava vencido. A Pajero, porém, não foi revistada - as malas com os sacos plásticos estavam no porta-malas - e Elize acabou liberada após receber uma multa.
A mulher de Marcos viajou por mais de 200 quilômetros, mas desistiu de ir até o Paraná por conta da filha de um ano, que estava com uma das babás. Elize e Marcos se conheceram em 2004, em um site de relacionamentos de garotas de programa, após o executivo demonstrar interesse por fotos expostas de Elize. Eles estavam casados há dois anos.
A polícia considera o caso praticamente encerrado. O delegado Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) disse que o inquérito deve ser concluído nos próximos dias. Elize foi presa na segunda-feira. Na quarta-feira, a Justiça prorrogou o pedido de prisão temporária de 5 dias para mais 15 dias, tempo considerado "suficiente" para a polícia concluir a investigação. Elize deve ficar no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itapevi, na Grande São Paulo, até o término do prazo. A polícia vai pedir a prisão preventiva dela. Com isso, ela deverá ficar presa até o julgamento.
"O caso está praticamente fechado. Ficam faltando somente alguns laudos da perícia, que devem ser enviados nesta semana próxima. Temos 15 dias ainda, baseado na prorrogação da prisão temporária dela decretada pela Justiça, para trabalhar nesse inquérito. Não há necessidade de uma nova reconstituição, aquela já feita (de quarta para quinta-feira) foi bastante esclarecedora. Também não devem ser realizadas novas perícias no apartamento do casal", disse Carrasco, nesta sexta-feira (08).
A arma do crime, uma pistola calibre 380, já foi apreendida e periciada. Faltam ainda serem encontradas a faca utilizada no esquartejamento e as três malas de viagem com rodinhas onde foram dispostos os sacos plásticos com partes do corpo do empresário. À polícia, Elize diz ter deixado as malas dentro de uma caçamba de lixo, na Zona Oeste da capital paulista. Disse também ter descartado a faca e a CPU de um computador nas lixeiras de dois shoppings distintos da capital paulista. Desse computador ela teria enviado uma mensagem à família de Marcos após o crime, através do e-mail dele, dizendo que o empresário 'estava bem'. Aos familiares do marido, Elize contou que o casal teve uma discussão, e Marcos saiu de casa. O irmão do empresário registrou boletim de ocorrência no dia 22, três dias após o crime, na delegacia antissequestro (a família suspeitou desse tipo de crime), no Palácio da Polícia, centro de São Paulo.
"As malas são de boa qualidade. Quem as achou deve ter pego. É provável que nós não as encontremos", disse o delegado Carrasco.
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