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Morto na frente da churrascaria

Polícia pede imagens de banco onde empresário sacou dinheiro

A Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba pediu as imagens de vídeo do banco Bradesco, da Rua Padre Anchieta, onde o empresário José Niczay Sobrinho, de 50 anos, sacou R$ 3,5 mil na tarde de quarta-feira (5). Segundo a polícia, Niczay foi seguido na saída do banco por dois homens em uma motocicleta até a frente do restaurante Nick Costela no Rolete no bairro Bigorrilho, onde o empresário foi morto com um tiro no peito.

O crime aconteceu por volta das 15h40 de quarta. Os homens na moto deram voz de assalto e, quando o empresário foi retirar o relógio do pulso, o passageiro da motocicleta fez o disparo que matou o empresário. Ninguém foi preso e a polícia ainda não tem pistas dos assassinos, apenas que estavam em uma moto modelo Twister, de cor vermelha, ano 2006 ou 2007. Havia um CD na placa na motocicleta, para que as pessoas que passavam pela rua não identificarem os criminosos.

"As investigações começaram nesta quinta-feira (6). Já foi definida a equipe policial que vai cuidar do caso e estamos atrás dos bandidos", afirmou o delegado-adjunto Paulo de Castro. Os familiares do empresário serão chamados para prestar depoimento na próxima semana. "Amanhã (7) vou a Rua Padre Anchieta para ver se o banco tem câmeras na rua", definiu o delegado.

Despedida

Cerca de 800 pessoas passaram pelo velório do corpo do empresário, desde a manhã desta quinta-feira (6), no auditório Monalisa da Capela Vaticano, no bairro São Francisco, em Curitiba. Às 17 horas foi realizada uma cerimônia de despedida do corpo do empresário, que foi levado para ser cremado em Campina Grande do Sul (região metropolitana).

Familiares, amigos, funcionários, autoridades e políticos passaram pelo velório para se despedir do corpo do empresário. "Todo mundo ficou arrasado, ele tinha um grande coração. Curitiba inteira sentiu a morte do Nic, ele era bem quisto na cidade inteira", afirmou Walter Luiz Gomes, compadre e amigo do empresário.

Assassinato em pizzaria

A Delegacia de Homicídios também investiga um assassinato parecido com a morte de Niczay. Wladimir Possatti, 40 anos, foi morto dentro da pizzaria dele durante a noite de quarta-feira (5), no bairro Novo Mundo, em Curitiba. Segundo a polícia, dois homens entraram na pizzaria por volta das 21 horas. Possatti, que era conhecido como "Gordinho", estava sozinho no balcão no momento do crime. Não havia clientes dentro da pizzaria.

Os assaltantes teriam pedido uma pizza e em seguida dispararam cinco vezes contra o empresário. Testemunhas ouvidas pela polícia afirmam que os homens fugiram em uma jog (scooter). "Ainda não sabemos se foi roubado alguma coisa da pizzaria, estamos investigando o caso e nos próximos dias vamos ouvir a mãe de Possatti, que estava na cozinha no momento do assassinato", explicou o superintendente Odimar Klein, da Delegacia de Homicídios.

Crime sem solução

No início do ano passado, outro dono de churrascaria foi morto em Curitiba. O assassinato do empresário Jonir Pandolfo completou 19 meses e continua sem solução. Pandolfo era sócio da churrascaria Galpão Ventania, em Santa Felicidade, e foi assassinado por dois homens em uma moto no início de 2008. O empresário, que tinha 46 anos, levou dois tiros quando estacionou o carro em frente de casa, no bairro São Braz. O crime aconteceu de madrugada, após Pandolfo sair da churrascaria.

"Ninguém foi preso ainda. Ficou tudo engavetado. Não se sabe nada o que aconteceu. A polícia não deu nenhuma satisfação para a família", contou Luiz Gasparetto, que foi sócio de Pandolfo durante 20 anos. "Depois da morte, nós fomos dois meses seguidos, toda semana, na delegacia para saber se tinha alguma novidade sobre o caso. Eles falavam que estavam investigando, mas nunca tinha nada. Acabamos desistindo. Esse crime já caiu no esquecimento", resignou-se Gasparetto.

O empresário contou que quase não dormiu na noite de quarta para quinta-feira, após a notícia da morte de Niczay. "É muita falta de segurança. Nós ficamos muito expostos", definiu Gasparetto. O delegado-adjunto da Furtos e Roubos Paulo de Castro, disse que o caso ainda não foi encerrado. "Existe o inquérito do latrocínio e a investigação não acabou", definiu.

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