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A Polícia Civil de Alagoas estuda conceder o benefício da delação premiada a Everaldo Pereira dos Santos, pai da jovem Eloá Pimentel, morta após ser mantida refém por mais de 100 horas pelo ex-namorado Lindemberg Alves em seu apartamento em Santo André, no ABC paulista. Caso seja concedido, Santos pode ter a pena reduzida e sua família poderá entrar no programa alagoano de proteção à testemunha. A concessão, contudo, depende de pedido do Ministério Público à Justiça. Santos continua foragido.

Na quinta-feira (23), o delegado adjunto da Polícia Civil de Alagoas, José de Freitas Junior, chegou a Santo André acompanhado da delegada Luci Mônica Rabelo, diretora de Informações e Estatísticas da Polícia de Alagoas. "Ele (Santos) tem histórico de alta periculosidade. Trouxemos e viemos buscar documentos que viabilizem descobrir o paradeiro dele", disse Luci. A concessão, contudo, depende de um pedido do Ministério Público à Justiça.

Segundo Freitas Júnior, o pai de Eloá é considerado um "arquivo vivo". "Ele sabe de muitos crimes. Corre mais risco de vida solto do que preso, porque as pessoas que o contrataram na época podem ter o desejo de vê-lo morto. Ele pode comprometer muita gente.

Na ficha de Santos constam quatro homicídios, entre eles o do delegado Ricardo Lessa - irmão do ex-governador Ronaldo Lessa. Segundo o delegado, Lessa investigava a "gangue fardada", grupo de extermínio formada por policiais, da qual o pai de Eloá faria parte. Ele foi cabo em Alagoas até 1993.

Dois dos chefes da gangue estão presos, mas há um terceiro foragido. Segundo a polícia, o grupo também estaria envolvido com latrocínio e roubos de carga e a bancos. O delegado diz que Santos pode ajudar a identificar foragidos.

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