A Operação Verão 2013/2014 fechou o primeiro mês no litoral do Paraná com uma redução de 10% nos índices de roubo e de 5% nos de furto, em relação ao mesmo período do ano anterior. Em termos absolutos a diminuição é pequena: foram 70 roubos nos primeiros 30 dias da temporada passada, contra 63 nesta, e 240 furtos frente a 252 no ano anterior.
O que surpreendeu foi o número de prisões efetuadas: 456. Durante as abordagens, o trabalho integrado entre polícias Civil e Militar conseguiu identificar foragidos e cumprir mandados de prisão no Litoral, muitas vezes, expedidos antes da temporada. "Diferente das abordagens anteriores, com revista apenas, agora os policiais fazem a consulta do nome da pessoa, o que resulta na identificação de evadidos do sistema penitenciário", explica o tenente-coronel Lanes Randal Prates, comandante do 9.º Batalhão da Polícia Militar (PM) e da Operação Verão.
Do total de detidos, 231 foram em flagrante por situações como violência contra a mulher, condução de veículo sob efeito de álcool ou entorpecentes, tráfico, furto e roubo. "Temos situações envolvendo veranistas, moradores da região e pessoas que vêm para o litoral nesta época exatamente para cometer crimes", explica o coordenador da Polícia Civil na Operação Verão, o delegado Alcimar de Almeida Garret.
Nos primeiros 30 dias da operação, foram registrados 1.894 boletins de ocorrência. "Entre as ocorrências principais estão furto, Lei Maria da Penha e desaparecimentos. Foram 21 desaparecidos, todos localizados", completa o delegado. Ele recorda que, assim como em municípios do interior e na capital, as delegacias e cadeias do litoral estão superlotadas. A situação mais crítica é a de Paranaguá, onde há cerca de 140 detentos, num espaço com capacidade para 60. "Apesar disso, não posso deixar de prender, porque estaria prevaricando. Com a ajuda do Cope, estamos trabalhando no sentido de inibir fugas. Havia celulares com presos em todas as delegacias."
Sossego
Apesar de permanecer no topo das denúncias recebidas pela polícia, a perturbação do sossego também sofreu queda nesta temporada: foram 329 atendimentos, 34% a menos que os 496 realizados no primeiro mês do verão passado.
De acordo com Prates, o diferencial do trabalho neste ano é a apreensão de aparelhos sonoros, uma punição visível e que contribui para a diminuição de reincidentes. "Também tem a atuação do Judiciário, que está realizando audiências em prazo de uma semana, determinando penas pecuniárias a quem faz uso de som alto", explica. Neste balanço parcial da operação, foram contabilizados 150 termos circunstanciados por perturbação do sossego.