A polícia prendeu nesta terça-feira (17) cinco pessoas suspeitas de obstruírem as investigações sobre as mortes do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, da mulher dele, Maria Carvalho, e da empregada do casal Francisca Nascimento da Silva. Os três foram encontrados mortos a facadas no dia 31 de agosto de 2009, em Brasília.
Segundo o Tribunal de Justiça (TJ), uma das pessoas presas é parente do ex-ministro. Também foram presos um policial civil, uma empregada da casa de Villela, uma cartomante e o marido dela. Segundo a polícia, os cinco estariam "embaralhando as investigações". A polícia ainda não concluiu o inquérito sobre as mortes.
De acordo com o TJ, a familiar do ex-ministro, o policial civil e a empregada da casa foram presos em Brasília. A cartomante e o marido dela foram presos em Porto Alegre por meio de uma carta precatória expedida pelo juiz de Brasília. O Tribunal de Justiça não informou se as pessoas que estão presas em Porto Alegre serão transferidas para Brasília.
O caso
O ex-ministro foi encontrado morto com a esposa e a empregada doméstica no dia 31 de agosto de 2009. O caso ficou conhecido como o "o crime da 113 Sul", em referência ao endereço em que o ex-ministro morava, uma área nobre de Brasília. No início das investigações, a polícia chegou a afirmar que o suspeito do crime era "conhecido e ligado à família".
Os corpos foram encontrados em estado de decomposição. Uma neta do casal afirmou à polícia que os avós não teriam aparecido na sexta-feira anterior à descoberta dos corpos ao escritório de advocacia que Villela mantinha em Brasília. A neta encontrou os corpos após chamar um chaveiro para abrir a porta do apartamento.
Mineiro da cidade de Manhuaçu, Villela tinha 73 anos. Chegou a Brasília nos anos 60. Atuou como procurador do Tribunal de Contas do Distrito Federal e, na década de 80, como ministro do TSE. Como advogado, atuou no caso Collor em 1992 e, mais recentemente, no processo do mensalão.
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