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Crime

Polícia prende acusado de chacina

A polícia de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, apresentou ontem Juarez Pedreiros Mascarenhas, 39 anos, acusado da morte de cinco pessoas no mês de junho, entre elas duas crianças de 5 e 7 anos. Também conhecido como "Monstro de Piraquara", ele foi preso na última sexta-feira, em Assis Chateaubriand, na Região Oeste do Paraná.

Mascarenhas é fugitivo da Colônia Penal Agrícola de Piraquara desde o ano passado. Lá, ele cumpria pena por outros dois homicídios, ocorridos nos anos 90.

A polícia chegou a Mascarenhas quando investigava a morte de Renato Kerber, 27 anos, assassinado no dia 13 de maio, em Piraquara. Em junho, os investigadores receberam a informação de que o autor do crime morava em uma pequena casa de madeira, na Rua Lindaura Maria Trindade dos Santos, no Jardim Holandês, bairro Guarituba.

À época, Mascarenhas tinha fugido para o Paraguai. Ao notarem terra revirada no jardim, os policiais realizaram uma escavação e encontraram os corpos de quatro pessoas, familiares de Mascarenhas e os verdadeiros donos da casa: o tio dele, Iran Joaquim Pereira da Silva, 61 anos; sua mulher, Joana de Pádua Melo, 37; e duas filhas do casal, Angélica, 7 anos, e Manuele, 5. Os policiais acreditam que a família foi morta em janeiro.

Mascarenhas confessou ter matado Iran e a mulher, mas insiste que não é o assassino das crianças nem de Kerber. "Para ele é cômodo dizer que não matou as crianças, porque sabe que isso não tem perdão na prisão. É uma questão de defesa", diz o delegado de Piraquara, Hertel Rehbein. O delegado descarta a hipótese de outra pessoa ter participado dos crimes.

Mascarenhas estava morando em uma chácara em Porto do Índio, no Paraguai. O terreno teria sido adquirido mediante um acordo que o assassino fez com Gilberto da Silva, 27 anos. Silva ficaria com a casa em Piraquara e em troca levaria Mascarenhas para morar no país vizinho. Silva está desaparecido e deve ser indiciado por auxiliar na fuga do criminoso.

Quando decidiu que fugiria para o Paraguai, Mascarenhas levou junto sua mulher, Cleusa de Fátima Benedito Lima Mascarenhas, e três de seus quatro filhos. Ele também levou a menina Michele de Pádua Melo, de quase dois anos, filha mais nova do casal assassinado. A polícia suspeita que ela pode ser, na realidade, filha do criminoso. "Um teste de DNA vai revelar se isso de fato procede", afirma Rehbein.

Cleusa e as crianças teriam sido ameaçadas. "Ou ela ia ou ele a matava", conta o delegado de Assis Chateaubriand, Valter Diniz Paes, que prendeu Mascarenhas. Cleusa, os filhos e Michele chegaram na segunda-feira a Assis. Michele está morando com a mãe do assassino, Iraci Mascarenhas. A Justiça deve decidir sobre a guarda da menina.

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