Um homem de 50 anos está preso desde o final de agosto acusado pela morte da esposa, uma mulher de 38 anos, no bairro Pinheirinho, em Curitiba. Ele teria espancado a mulher no início de agosto e, devido aos ferimentos, ela morreu no hospital. O caso foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público (MP) do Paraná. No mesmo período, outro homem foi preso sob a acusação de tentativa de homicídio contra a ex-esposa.
Os casos foram apresentados pela Delegacia da Mulher (DM) de Curitiba nesta quarta-feira (18), após o término das investigações. No primeiro caso, a vítima teria apanhado do marido, identificado como Joselino Porto, em 9 de agosto. O suspeito estaria embriagado e já teria sido violento com a vítima em ocasiões anteriores, durante os quatro meses em que viveram juntos.
Segundo a delegada Hastrit Greipel, da DM, a mulher não quis denunciar o caso após a agressão, mas a piora no estado de saúde dela fez com que o próprio acusado procurasse a família da vítima. "Ele a agrediu com socos e chutes. As agressões eram frequentes e ela procurava um jeito de fugir", diz a delegada. Quem denunciou o caso à polícia foram parentes da mulher.
Em depoimento, o suspeito disse que teria "dado uns tapas" na esposa, segundo a delegada. O homem não teria motivos específicos para bater na companheira. Ele vai responder por homicídio.
No Abranches
Um homem de 21 anos, Gilberto Francisco Monteiro Lins, é acusado de tentativa de homicídio contra a ex-mulher, uma jovem de 18 anos. Eles viveram juntos por sete anos e têm um filho de 5 anos. Segundo a delegada, antes da agressão, a vítima já teria tentado se separar do suspeito, mas, por causa de ameaças, ela evitou a separação.
"Essa vítima já tinha uma ocorrência de agressão. Ele tentou esganá-la antes de ela ser ferida com uma tesoura", diz Hastrit. A delegada conta que, no dia em que ela foi agredida com a tesoura, fato ocorrido na metade de agosto, ela já teria se separado do acusado e ele invadiu a casa dela. "Ele pegou uma faca, mas ela conseguiu se defender. Então, ele usou uma tesoura e acertou o queixo, a parte de trás da cabeça, o abdome e os braços."
Nesse caso, entretanto, os ferimentos não atingiram órgãos vitais e a moça, internada em 19 de agosto, se recuperou dois dias depois e denunciou o caso à Delegacia da Mulher. Em depoimento, diz a delegada, o suspeito negou a participação no crime.
Violência contra mulher
Em ambos os casos, segundo a delegada, os acusados não tinham antecedentes criminais. "O agressor de violência doméstica geralmente não se envolve em outros crimes. É um trabalhador comum." Hastrit alerta as vítimas desse tipo de crime que registrem boletim de ocorrência assim que foram ameaçadas ou agredidas e não aguardem os casos se estenderem. "A agressão sempre começa mais branda e vai se agravando", alerta.
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