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A Corregedoria Interna da Polícia Civil do Rio prendeu, na manhã desta terça-feira (14), 47 pessoas envolvidas com a prática de aborto no Estado.

Entre os presos, há três médicos, quatro policiais civis, dois policiais militares e um bombeiro. Cinco pessoas que integrariam o esquema já estavam detidas.

A Justiça concedeu 75 mandados de prisão contra os integrantes da quadrilha que atuaria na capital e em cidades da região metropolitana do Rio.

Os policiais tentam encontrar 28 pessoas que estariam envolvidas no esquema. Entre os procurados há ainda médicos e até um militar do Exército.

A operação policial acontece desde o início da manhã em diferentes pontos do Rio e nos Estados de São Paulo e Espírito Santo. Além de policiais civis, representantes da Corregedoria da PM e Exército participam da ação.

De acordo com os policiais da Corregedoria, os integrantes da quadrilha cobravam até R$ 7.500 em cada procedimento.

Casos

No dia 26 de agosto, a auxiliar administrativa Jandira Magdalena dos Santos Cruz, de 27 anos, saiu de casa para fazer um aborto em uma clínica clandestina em Campo Grande, na zona oeste do Rio e desapareceu. Ela estava grávida de três meses. O corpo foi achado em um carro carbonizado.

Para dificultar a identificação, a quadrilha retirou a arcada dentária e cortou os dedos da mulher. Foi necessário fazer um exame de DNA.

Até agora, pelo menos nove pessoas foram presas por e indiciadas por homicídio qualificado, aborto, ocultação de cadáver e formação de quadrilha.

Em 21 de setembro, a dona de casa Elisângela Barbosa, de 32 anos morreu no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, na Região Metropolitana. Ela saiu de casa na véspera para interromper uma gestação de cinco meses em uma clínica clandestina e pagaria R$ 2,8 mil pelo procedimento.

Na noite do dia 21, ela chegou ao hospital, mas não resistiu ao sangramento e morreu pouco tempo depois. Em seu útero, os médicos encontraram um tubo de plástico, possivelmente usado para fazer a sucção do feto.

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