Dois dias de trabalho e mais de 20 policiais envolvidos na investigação da morte do universitário Tiago Franchini da Costa, de 21 anos, resultaram na prisão de quatro pessoas, na noite de sábado, em Maringá. Costa foi executado com três tiros na madrugada de sexta-feira. A polícia ainda procura uma quinta pessoa envolvida.
Segundo a polícia, um rapaz de 16 anos e Edimário da Penha Silva, de 18 anos, confessaram o crime na delegacia. O adolescente teria dado o primeiro tiro, e Silva, disparado outras duas vezes contra a vítima. Os outros dois Jéferson Eduardo Deolindo, de 18 anos, e Edy Carlos de Oliveira, de 30 anos estariam ligados ao furto da arma, ocorrido há quatro meses.
Nos depoimentos, os acusados disseram que tinham consumido crack e planejaram roubar um carro para comprar mais droga. Costa teria sido escolhido por estar sozinho, o que facilitaria a ação. Os acusados viram quando o universitário estacionou o carro em frente à boate e esperaram até o momento dele sair para rendê-lo.
De acordo com o delegado-chefe Antônio Brandão Neto, da 9.ª Subdivisão de Polícia Civil, a vítima teria oferecido para pegar mais dinheiro em casa, onde teria mais do que os R$ 50 disponíveis na carteira. O adolescente teria atirado em Costa por pensar que ele estava reagindo, ao sair do carro. Sob efeito do crack, ele ainda passou a arma para Edimário da Silva, que deu mais dois tiros no rapaz. Tiago Franchini da Costa estudava Medicina em Blumenau (SC) e passava o feriado de Corpus Christi em Maringá. Ele era filho da secretária de Assistência Social do município, Sandra Franchini.
Para o presidente do Conselho Municipal de Segurança, Everaldo Moreno, a violência da morte do universitário revela o aumento do tráfico de crack na cidade. Os envolvidos buscavam produtos ou dinheiro para adquirir a droga. Costa tinha um Volkswagen Golf, modelo 2005, avaliado em R$ 30 mil. O automóvel teria sido encomendado por um receptador que prometeu pagar R$ 600, dinheiro que seria trocado por drogas posteriormente pelos rapazes. O quinto envolvido, que pagaria pelo veículo, está sendo procurado pela polícia e seria um receptador ligado a traficantes.
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