São Paulo – O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil prendeu na noite de ontem o suspeito de ter matado dois irmãos adolescentes na região da Serra da Cantareira, em São Paulo. O homem, de 36 anos, cumpria pena em regime semi-aberto em um presídio em Franco da Rocha, na Grande São Paulo.

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A pedido da polícia, a Justiça decretou a prisão temporária dele por 30 dias. Assim, o suspeito perdeu o direito de sair da presídio em intervalos determinados. Ele teria cometido o crime contra os dois irmãos em uma dessas saídas.

Os irmãos Josenildo José de Oliveira, 13 anos, e Francisco Ferreira de Oliveira Neto, 14 anos, foram encontrados mortos na terça-feira (25) em uma área de mata fechada na serra. Eles desapareceram no sábado, quando entraram na mata dizendo que iriam apanhar frutas.

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A polícia divulgou na tarde de ontem um retrato com a descrição do suspeito que abordou e amarrou três meninos na mesma região onde os irmãos foram mortos. Os garotos conseguiram escapar do criminoso. Eles ajudaram a polícia a encontrar os corpos terça-feira e a elaborar o retrato falado.

Há indícios de que os irmãos tenham sido torturados. Josenildo tinha ao menos 15 perfurações espalhadas pelo corpo. Já Francisco tinha o braço direito quebrado, além de um corte profundo no peito e outras perfurações. Ambos estavam nus e amarrados, segundo a polícia.

Perto dos corpos havia uma espécie de casa na árvore – a cerca de dez metros de altura – que pode ter sido usada pelo criminoso. Foram achadas ainda embalagens de preservativos – o que pode ser um indício de que houve violência sexual. Perto de um dos corpos dos irmãos, a polícia achou encontrou fragmentos de um osso e uma arcada dentária. Os fragmentos estariam no local há pelos menos um ano e meio, segundo a perícia inicial. A delegacia afirmou que ainda não é possível dizer se os fragmentos e a arcada são de uma criança ou adolescente.

Outros crimes

A polícia realizou um levantamento sobre o histórico de crimes na região da Serra da Cantareira. Segundo a delegada, atualmente existem quatro homicídios sem solução que ocorreram na área.

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"A área é muito grande. A polícia não tinha conhecimento de nenhum desses casos porque não foram registrados aqui", afirmou Cíntia Tucunduva, delegada que investiga o caso.