Coletiva na Delegacia de Homicídios, no fim de semana: suspeito preso 24 horas após divulgação de foto| Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo

Mãe de menina diz que avisava filha sobre riscos de andar sozinha

Pela primeira vez depois do assassinato de Rachel, a mãe da menina, Maria Cristina Lobo Oliveira, falou ontem em público sobre o caso. Ela deu uma entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, e emocionada, mostrou as gravações de voz que a menina deixava em seu telefone celular, dizendo que a amava.

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O principal suspeito de matar a menina Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, 9 anos, está preso. Jorge Luiz Pedroso Cunha, 52 anos, foi encontrado pela polícia na manhã de ontem em Itajaí, no estado de Santa Catarina. A Polícia Civil agora vai recolher material genético do suspeito para fazer uma comparação de DNA. O exame é considerado a prova mais importante para solucionar o caso.

A polícia catarinense disse que a prisão foi feita pela Polícia Militar do Paraná e que ainda ontem o suspeito foi trazido para Curitiba. Cunha teria negado o crime. Testemunhas também disseram que ele não saiu de Santa Catarina nos dias em que o crime foi cometido. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná afirmou que daria hoje mais informações sobre o caso.

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A polícia paranaense também garantiu que, apesar da prisão de Cunha, ainda há equipes trabalhando no caso, inclusive em outras linhas de investigação.

Rachel Genofre desapareceu na segunda-feira passada, depois de sair das aulas no Instituto de Educação do Paraná, onde estudava. Seu corpo foi encontrado na madrugada de quarta-feira, dentro de uma mala, na Rodoferroviária de Curitiba. Havia marcas de abuso sexual e asfixia.

Cunha teria sido reconhecido por um comerciante, que diz ter vendido a ele na terça-feira uma mala idêntica àquela usada para esconder o corpo de Rachel. Segundo a Delegacia de Homicídios, há outros indícios que levam ao nome de Cunha. Os policiais dizem ter provas de que ele se aproximou de Rachel nos dias anteriores ao crime.

Cunha é ex-presidiário. Ele cumpriu 18 anos de prisão por estupro e homicídio. Foi solto em 2006, depois de ter a pena comutada. Em 2007, já havia um novo mandado de prisão contra ele, devido a um crime de atentado violento ao pudor cometido contra um menino, no litoral do Paraná.

Desde que surgiu a suspeita contra Cunha, a polícia paranaense mobilizou colegas de estados vizinhos para tentar encontrá-lo. O próprio fato de ele ter deixado a mala com o corpo de Rachel na Rodoferroviária era um indício de que ele poderia ter saído do Paraná em seguida.

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O delegado Jaime Luz, titular da Delegacia de Homicídios de Curitiba, informou que o principal suspeito circulava muito pela região central de Curitiba, nas imediações da Rodoferroviária, nas avenidas Visconde de Guarapuava e Sete de Setembro. "As investigações comprovam que ele tomou todas as cautelas para se aproximar desta criança, passando a conhecer os ambientes que ela freqüentava", disse no sábado.