Margarete Marcondes é suspeita de ter entregado os doces envenenados a um taxista: polícia encontrou o marido dela agonizando em casa na quinta-feira| Foto: Aliocha Maurício/Tribuna do Paraná

A mulher que aparece em imagens do circuito de segurança de um shopping de Curitiba entregando uma caixa de brigadeiros envenenados a um taxista, no Capão Raso, foi identificada pela Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba. Margarete Aparecida Marcondes, de 45 anos, é doceira, de Joinville, San­ta Catarina, e amiga da família da adolescente de 14 anos que co­­meu os doces e ficou in­­ter­­nada por oito dias.

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Segundo o delegado titular da DH, Rubens Recalcatti, o carro de Margarete foi visto pelas ruas próximas ao shopping no dia e na hora da entrega dos doces. "A polícia chegou a ela pela imagem do carro e por outros fatos. Primei­­ramente a hipótese era de que os doces teriam sido entregues por adolescentes, amigos das vítimas, mas depois passamos a questionar quem faria a festa de 15 anos da menina", disse o delegado Re­­calcatti. Margarete era a responsável pelos doces da festa da adolescente e, segundo o delegado, ainda não há indícios da motivação da doceira.

Desaparecimento

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Apesar de ter sido identificada, a doceira está desaparecida e o marido dela foi encontrado em casa, em Joinville, agonizando após ter sido espancado na última quinta-feira. A última informação que a Polícia Civil tem de Margarete é da última terça-feira, quando ela foi flagrada pelas câmeras de segurança da concessionária que administra a BR-376, entre Curitiba e Joinville.

O marido de Margarete foi encontrado por colegas de trabalho, que notaram a sua falta. Ele estava com sinais graves de espancamento. Segundo Recalcatti, os ferimentos eram principalmente na região da cabeça e havia marcas de sangue por toda a residência e sinais de luta corporal. O homem está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Joinville.

Na casa da doceira, os policiais encontraram um pacote fechado de veneno para ratos. Recalcatti afirma que há um laudo que indica a presença de inseticida de alto risco, usado em plantações, em pelo menos dois docinhos.

O caso

A adolescente de 14 anos recebeu uma caixa com oito doces, na tarde de 12 de março, e quatro pessoas passaram mal após ingerir parte dos brigadeiros. Um taxista entregou os doces na casa da família da menina, no Jardim Futurama, no Umbará, de acordo com a DH. A adolescente de 14 anos recebeu alta no fim da tarde do dia 19 e deixou o Hospital de Clínicas (HC) após ficar internada por oito dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela chegou a ter parada cardiorrespiratória no dia em que ingeriu os bombons.

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