Cascavel A Polícia Civil segue investigando os assassinatos da coordenadora regional do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), Jocélia de Oliveira Costa, 31 anos, e de sua filha, Emanuely, 5 anos. Até agora, a polícia ouviu o depoimento de pelo menos seis integrantes do movimento e todos acusaram os sem-terra Ademar Alves de Lima e Paulo Rodrigues de Lima de terem cometidos o crime. Os dois estão desaparecidos e podem ter o pedido de prisão decretado a qualquer momento. "Espero que as pessoas que moram no acampamento nos ajudem a esclarecer este crime o mais rápido possível", disse o delegado.
De acordo com o delegado-chefe da 15.ª Subdivisão Policial de Cascavel, Amadeu Trevisan, a polícia de toda a região está mobilizada para localizar os dois suspeitos do crime, que aconteceu domingo à noite no acampamento do MLST nas margens da BR-369, entre Cascavel e Corbélia. A líder sem-terra foi morta com quatro tiros nas costas, enquanto Emanuely morreu com golpes na cabeça. Para o delegado, o laudo da necropsia mostra a crueldade e a frieza dos assassinos.
Surgido em meados do ano passado no Paraná, o MLST instalou a sua primeira base em Cascavel, onde vivem cerca de 280 famílias no acampamento Primeiros Passos. O outro acampamento é o Libertação 13 de Maio e fica em Lindoeste, distante 80 quilômetros do primeiro. Ali vivem 170 famílias. Jocélia iniciou a sua luta pela reforma agrária há cinco anos no Movimento dos Sem-Terra (MST). Há um ano e meio ingressou no MLST e era uma das responsáveis pela expansão do movimento no Oeste do estado. Os corpos de Jocélia e Emanuely foram enterrados ontem de manhã em Foz do Iguaçu.
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