O delegado André Pimentel, do 81º DP (Belém), disse nesta segunda-feira (5) que pretende ouvir ao longo da semana a faxineira que encontrou uma recém-nascida ainda viva e que tinha sido dada como morta dentro do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, na Zona Leste de São Paulo. Os médicos envolvidos no parto também prestarão depoimento e o delegado investiga se houve erro médico.
O caso ocorreu na sexta-feira (2) e a menina, que nasceu com apenas 725 gramas, está na Unidade de Terapia Intensiva. Ela respira por aparelhos e tem estado de saúde grave, porém estável. Renata Alves de Oliveira, 32, mãe da criança, contou que, após dar à luz, foi informada de que o bebê tinha morrido. Quatro horas depois, pouco antes de seguir para o necrotério, a faxineira viu a menina se mexer.
"Não posso adiantar ainda se houve erro médico", afirmou o delegado, que vai apurar essa hipótese. "Seria crime de negligência e imperícia. O famoso erro médico". Pimentel ressaltou que precisa primeiro tomar o depoimento da equipe médica do hospital estadual. "Todas as informações vão se juntar às ficha médica e ao laudo clínico da criança".
Segundo o delegado, investigadores estiveram pela manhã na unidade hospitalar, à procura da faxineira. "Só tenho o primeiro nome dela. Começamos as investigações ontem (domingo)." Até o momento, só os pais da criança, batizada Giovana Vida, foram ouvidos.
A Secretaria de Estado da Saúde também vai apurar se houve erro médico no Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros. De acordo com a secretaria, as investigações devem durar 45 dias. O caso será levado ao Conselho Regional de Medicina (CRM), responsável por punições em caso de erro médico. Apenas após essa investigação será tomada alguma medida no hospital. Por enquanto, não houve afastamento nem punição para nenhum dos envolvidos.
A secretaria também informou que na data do nascimento, os exames realizados pelos médicos não constataram nenhum sinal vital na criança. Por isso, ela foi encaminhada para uma sala isolada no centro obstetrício, onde foi encontrada com vida.
Para a mãe da criança, Renata Alves de Oliveira, de 32 anos, o que aconteceu foi um milagre. "É inexplicável, porque ela estava morta. Eu coloquei a mão nela e, para mim, estava morta. Eu sou leiga, mas vi ela nascer sem vida. Foi um milagre de Deus, ela ressuscitou", afirmou em entrevista ao G1. "Se eu não tivesse tanta fé em Deus, seria negligência médica. E se foi negligência, vai ser apurado e o responsável vai pagar", afirmou ela, que é evangélica.
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