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Para delegada, o soldado Luiz Landmann é responsável pelos disparos que mataram a estudante

A ação policial que resultou na morte de Rafaeli Lima, 21 anos, há dois meses em Porto Amazonas, na região dos Campos Gerais, foi reconstituída na madrugada desta quarta-feira (10). O carro no qual estavam a estudante e o colega Diogo Soldi Schuhli foi confundido com o de bandidos. Rafaeli foi atingida por um tiro na cabeça e morreu.

Os soldados Dioneti dos Santos Rodrigues e Luiz Gustavo Landmann, que realizaram a abordagem, participaram da reconstituição. A estudante morta foi representada por uma policial militar. Diogo Schuhli, que dirigia o carro onde estava Rafaeli, contou que o veículo dele foi fechado por um carro da Policia Militar que estava na contramão e com os faróis desligados.

Ele contou à policia que após o acidente ouviu disparos e acabou ferido no rosto. Rendido, ele saiu do carro e deitou no chão. Schuhli contou ao telejornal ParanáTV 1 ª edição que os acontecimentos daquela noite serão impossíveis de serem esquecidos.

O soldado Rodrigues alega que quem vinha na contramão era Schuhli, versão também sustentada pelo soldado Landmann. O advogado Wanderley Pontes, que representa Rodrigues, afirma que as balas que mataram a estudante partiram da arma do outro policial.

Landmann sustenta que estava perseguindo contrabandistas de cigarro e achou que o acidente fosse uma emboscada. Por isso ele desceu do carro atirando. A advogada dele, Talita Gasparetto, disse que a atitude do policial não foi dolosa (com intenção de matar).

A reconstituição foi pedida pelo Ministério Publico (MP), mas não muda a conclusão do inquérito da polícia civil. O soldado Landmann segue como único acusado do homicídio de Rafaeli e da tentativa de homicídio de Schuhli. A delegada, Valéria Padovan, afirma que todos os disparos partiram da arma de Landmann.

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