A polícia reforçou a segurança na casa do cartunista Glauco Villas-Boas, assassinado na madrugada de sexta-feira (12) junto com o filho Raoni, em Osasco, na Grande São Paulo, após a ligação do suspeito do crime, o estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, para Beatriz Galvão, a Bia, viúva do artista. Segundo a jornalista Nancy Antônia Corrente, vizinha da família, Bia teria entrado em estado de choque ao ouvir a voz de Carlos Eduardo.

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"Ele ligou ontem [sábado] à noite e disse ´oi, Bia`. Ela logo entrou em estado de choque e desligou o telefone", conta Nancy.

Segundo a jornalista, Bia e a família não estão em casa, mas a polícia, quando avisada pela família de Glauco, mandou uma viatura para o local ainda na noite de sábado. Ainda de acordo com Nancy, vizinhos do cartunista estão apreensivos, temendo uma possível volta do suspeito do crime ao local.

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A Polícia Civil de São Paulo encontrou, no fim da tarde deste sábado, o carro usado na fuga do estudante. O Gol preto foi encontrado em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, na frente da casa da mãe do proprietário, um amigo de Carlos Eduardo.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o proprietário está disposto a prestar depoimento, desde que acompanhado de seu advogado. A policia também não descarta a hipótese de uma terceira pessoa ter participado da fuga.

Neste sábado, a polícia de Osasco pediu ajuda à Polícia Federal (PF) para tentar impedir que o estudante fugisse do país. A PF foi avisada para fechar o cerco nos aeroportos e nas fronteiras do país.

Glauco e o filho foram mortos dentro da comunidade Céu de Maria, que reúne adeptos de Santo Daime, em Osasco, na Grande São Paulo. O suspeito do crime, que já tem passagem pela polícia por porte de drogas (maconha), foi reconhecido por pelo menos quatro testemunhas como o atirador. O estudante continua foragido.

Os corpos de pai e filho foram sepultados por volta das 10h25m deste sábado, no Cemitério Gethsêmani Anhanguera, na Zona Norte de São Paulo. Antes do enterro, adeptos do Santo Daime, doutrina frequentada pelo cartunista, cantaram 12 hinos no jazigo da família. O artista e o filho foram enterrados na mesma sepultura do irmão, Orlando, morto em 2007, sob aplausos.

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