A polícia revelou, nesta terça-feira (12), que antes do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, o atirador Wellington Menezes de Oliveira apagou todos os e-mails de um dos seis endereços eletrônicos que ele possuía. Segundo os agentes, Wellington também possuía uma conta no programa de mensagens instantâneas MSN.
Na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), os agentes ainda aguardam as informações da quebra de sigilo eletrônico de Wellington. Eles querem saber quanto tempo o atirador passava por dia na internet.
Em seu perfil no MSN, Wellington postou uma foto ainda com barba, que teria sido cultivada até o mês passado. Ali, ele se apresentava como "Wellington Treze". Ele mantinha contato com pelo menos seis pessoas. Ainda de acordo com a polícia, a Microsoft enviou nesta terça uma carta na qual se prontifica a fornecer até quarta-feira (13) outros e-mails e senhas utilizados pelo atirador.
Mais cedo, um policial da DRCI esteve na empresa em Jacarepaguá, na Zona Oeste, onde Wellington e um sobrinho dele trabalhavam. O agente recolheu arquivos de e-mail e outros documentos que, segundo os policiais, serão importantes para a investigação.
Orientador espiritual
Na noite de segunda-feira (12), o sobrinho de Wellington, que se comunicava por e-mail com o tio, prestou depoimento na delegacia. De acordo com a polícia, ele confirmou que o atirador já tinha comentado sobre uma espécie de orientador espiritual.
"Ele uma vez, num dos e-mails, ele mencionou uma pessoa, acredito, eu não lembro, mas acredito que era um titulo de sheik, que tirava algumas dúvidas dele a respeito de uma outra coisa que ele estudava também, que era o Alcorão", disse o sobrinho, que teve a identidade preservada.
O sobrinho não soube dizer se esse orientador existia ou era fruto da imaginação de Wellington. Ele deve ser ouvido novamente, mas desta vez com a presença de agentes da Polícia Federal, que estiveram essa tarde na delegacia para acompanhar as investigações.
Polícia recolhe documentos em empresa onde atirador trabalhava
Também nesta segunda, o Instituto Médico Legal (IML) divulgou o resultado da análise feita no corpo do assassino. Segundo os peritos, não há dúvidas de que Wellington se suicidou depois do massacre. Ainda de acordo com o laudo, o atirador também levou um tiro na barriga, disparado pelo policial militar que entrou na escola.
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