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A polícia sabia que uma quadrilha estava se articulando para assaltar, na manhã desta quinta-feira (30), a unidade das Lojas Americanas Express, situada em um centro comercial, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. A intenção das autoridades era chegar ao local a tempo de impedir que os bandidos entrassem no estabelecimento, mas os assaltantes acabaram antecipando a ação. A tentativa de assalto terminou com um bandido morto e outro ferido. Um policial civil e um idoso também foram atingidos, mas estão fora de perigo.
Há 20 dias, a Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) monitorava a organização criminosa, que estaria envolvida no tráfico de entorpecentes na região metropolitana. Segundo a polícia, a intenção do grupo era usar o dinheiro levantado no assalto para comprar uma nova carga de droga.
De acordo com o delegado Kleudson Moreira Tavares, na semana passada, o vigia de um posto de gasolina situado no mesmo centro comercial repassou à quadrilha informações operacionais sobre a loja, apontando, inclusive, os funcionários responsáveis pela movimentação financeira da empresa.
Por meio do serviço de monitoramento, a polícia levantou que a quadrilha invadiria o estabelecimento às 9h30. Segundo o delegado, a Denarc montou uma operação para prender os bandidos antes que eles tivessem acesso à loja. "Entretanto, quando chegamos ao local, os assaltantes já haviam rendido os funcionários. Para preservar as vítimas, optamos por aguardar e abordá-los na saída", contou Tavares.
O assalto
Por volta das 9 horas, dois homens armados invadiram a loja e renderam funcionários e trancaram-nos em um banheiro. Uma gerente que fica com uma das chaves do cofre da unidade, no entanto, não estava no local. Por isso, os bandidos só tiveram acesso ao dinheiro dos caixas cerca de R$ 2 mil em dinheiro e tentaram levar também dezenas de aparelhos de celular.
Os policiais tentaram abordar os assaltantes quando eles deixavam o estabelecimento, mas um dos bandidos teria iniciado um tiroteio. No confronto, um dos acusados, Luciano Ferreira do Nascimento, de 26 anos, foi baleado e morreu no local. O outro, Márcio Albuquerque, de 27 anos, também foi atingido e encaminhado ao Hospital do Trabalhador. Por volta das 18 horas, ele estava em estado grave e passava por um procedimento cirúrgico na unidade.
O investigador Marcos Aurélio Ribeiro, 35 anos, levou dois tiros na perna, mas, segundo a Polícia Civil, está fora de perigo. Leonis Palhano Goes, de 60 anos, que estava na fila de um açougue do outro lado da rua, também foi atingido por um tiro na perna.
Segundo o delegado Renato Figueroa, o vigia do posto, Rogério Adriano dos Santos, de 27 anos, foi preso, acusado de integrar a quadrilha. Ele foi indiciado por roubo, tentativa de homicídio e resistência à prisão. Um terceiro integrante do grupo, que estaria dando cobertura aos bandidos em um Palio vermelho, está foragido.
De acordo com policiais civis, o tiroteio durou cerca de 5 minutos e dezenas de disparos foram efetuados. Os tiros atingiram também os vidros da farmácia, que ficam ao lado do caixa do estabelecimento. Os clientes da drogaria e do posto de gasolina que ficam no centro comercial não se feriram.
Outros casos
Na semana passada, no dia 24, um tiroteio entre policiais e bandidos assustou moradores do bairro Seminário, em Curitiba. Pelo menos seis homens armados foram surpreendidos por uma equipe da Força Samurai, da Polícia Militar (PM), depois de terem assaltado uma mansão.
Na ocasião, um acusado foi baleado na boca e na perna. Três homens apontados como integrantes da quadrilha foram presos no estacionamento do ParkShopping Barigüi. Segundo a PM, eles tinham roubado carros para fugir.
No dia 21, um suspeito de ter sequestrado um casal morreu em confronto com a PM. Segundo a polícia, a ação dos bandidos começou no bairro Sítio Cercado, quando três homens abordaram um Fox e mantiveram duas pessoas como reféns. Após o tiroteio, dois bandidos fugiram.
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