Apesar da "lei do silêncio" que impera na Rua Joaquim Theodoro Portugal, no bairro Xaxim, em Curitiba, desde a madrugada de sábado (31), quando cinco pessoas foram assassinadas dentro de uma casa, a Polícia Civil concentrou esforços no restante do fim de semana, na tentativa de chegar aos autores da chacina. Quatro das cinco vítimas já foram identificadas. O único sobrevivente do atentado já prestou depoimento, mas a oitiva é mantida em sigilo para não comprometer as investigações. Por enquanto, a Delegacia de Homicídios (DH) ressalta os indícios de o crime ter sido motivado pelo tráfico de drogas.
"A casa era utilizada como ponto de venda de drogas. Das cinco vítimas, apenas uma morava na casa. As demais não tem nenhuma relação de parentesco. Tudo indica que teriam ido lá para usar drogas", aponta a delegada Maritza Haisi, chefe da DH.
A chacina ocorreu por volta das 2h15 de sábado, quando dois homens invadiram a residência onde as vítimas estavam e abriram fogo contra elas. O sobrevivente do ataque só conseguiu escapar porque se fingiu de morto. Na casa, o Instituto de Criminalística recolheu cápsulas, provavelmente de pistola .380.
Atingida por três disparos, a dona do imóvel, Sidnéia Lima da Silva, 40 anos, é uma das vítimas fatais. Os outros mortos também já identificados são Roberto Carlos Mattozo Farias, de 45 anos, Mayckon Kuil Inglês da Luz, de 30 anos, e Alisson Martins Ferreira, de 35 anos. Um homem de 50 anos ainda não foi identificado.
Na tarde deste domingo, equipes da DH, coordenadas pelo delegado Danilo Zarlenga, permaneceram em investigação. Na segunda-feira (2), a delegacia especializada deve divulgar alguns detalhes das investigações. "É um caso que chama a atenção e exige esforço da equipe, até mesmo diante da repercussão e do elevado número de vítimas", disse Maritza.
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