A delegada Lucy Fernandes, do 3º Distrito Policial de São Caetano do Sul, na Grande São paulo, vai ouvir depoimentos dos colegas de escola de David Mota Nogueira na próxima semana. O estudante de 10 anos atirou em uma professora e depois de matou, com um tiro na cabeça, dentro da Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, na tarde desta quinta-feira. Na sala onde David estudava estavam, além dele, 22 alunos.

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A polícia espera receber também para investigações as duas das 16 câmeras de segurança da escola que registraram imagens do garoto. A diretora da escola, Márcia Gallo, contou que há gravações do menino, porém não quis revelar se as imagens dão algum indício do estado emocional do estudante. Ela havia informado que o material já estava com a polícia. Porém, as gravações ainda não chegaram à delegacia que investiga o caso.

"Já entrei em contato com a Secretaria de Educação do município para solicitar estas imagens. Vamos ouvir, além das crianças, a diretora da escola e a orientadora pedagógica. Se a professora estiver em condições de conversar, podemos ir até o Hospital das Clínicas", afirma a delegada.

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A polícia investiga a motivação do crime e também se outra pessoa teria participado do ocorrido. "Investigammos se tem ou não um terceiro participante da escola, se alguém influenciou essa criança a praticar este ato", declara a delegada. Duas professoras e a coordenadora Meire Cunha falaram com a polícia nesta sexta-feira.

As aulas no Alcina Dantas Feijão só serão retomadas na próxima quarta-feira. Na segunda e na terça-feira serão feitas reuniões com os professores para discutir como enfrentar a tragédia e como abordar o assunto com os alunos. Psicólogos prestarão atendimento aos alunos e aos pais.

O crime ocorreu logo depois do intervalo, perto das 16h. David pediu para ir ao banheiro e retornou com a arma em punho. Atirou na professora e saiu imediatamente. Foi para uma escada e atirou na própria cabeça. David chegou a ser socorrido no Hospital de Emergência Albert Sabin, em São Caetano, mas sofreu duas paradas cardíacas, e morreu. A professora Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, foi socorrida e está internada no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Ela recebeu um tiro pelas costas, na altura do quadril, e a bala ficou alojada entre o útero e o reto. Sofreu ainda uma fratura no joelho.