A Justiça de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, negou na última sexta-feira que a defesa dos policiais acusados de tortura no caso Tayná tenha acesso ao inquérito do caso. Na mesma decisão, contudo, o Judiciário permitiu que os agentes só precisam ceder material genético para as investigações sobre a morte da menina se quiserem. A intimação para que eles fornecessem DNA, para ser comparado com o sêmen encontrado nas roupas da adolescente durante a perícia, havia sido feita pelo Ministério Público (MP) há mais de vinte dias.
De acordo com o advogado Cláudio Dalledone, que defende nove policiais, o motivo para ambas as decisões da Justiça é o mesmo: os policiais não são investigados formalmente. "Eles não são investigados e não são suspeitos, por isso a juíza nega que tenhamos acesso ao inquérito, mas não nos obriga a ceder material genético", explica.
Apesar de poderem recusar, todos os policiais vão fornecer o DNA, segundo Dalledone. "Todos os meus clientes fazem questão de ceder o material", afirma. Ainda não está estipulado, contudo, quando eles devem fazer a entrega, já que a análise do material será acompanhada por um perito particular.
Investigação
Tayná desapareceu no dia 25 de junho e foi encontrada morta três dias depois, em um terreno baldio próximo a um parque de diversões. Antes que o corpo fosse localizado, a delegacia do Alto Maracanã, então chefiada pelo delegado Silvan Pereira, já havia anunciado quatro suspeitos e garantido que eles confessaram ter estuprado e matado a menina.
Alguns dias depois, no entanto, a perícia concluiu que o sêmen encontrado nas roupas de Tayná não pertencia a nenhum dos quatro rapazes. Em seguida, o MP passou a investigar uma suposta prática de tortura, que teria sido cometida por policiais que atuaram no caso.
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