Por volta das 16h desta quinta-feira (16), policiais civis em greve entraram em confronto com a equipes da Polícia Militar (PM) na Rua Padre Lebret, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo.
O grupo que seguia em passeata forçou a passagem por uma primeira barreira formada pelos policiais militares. Houve confonto e foram lançadas bombas de efeito moral e gás lacrimogênio. O grupo de manifestantes recuou. Carros das equipes de forças especiais da PM foram estacionados em um cruzamento para formar uma barreira compacta contra o avanço da passeata.
Após o retorno dos manifestantes, carros de equipes da Polícia Civil se aproximaram para a região onde foi feito o bloqueio. Após cerca de 10 minutos de tensão, com arremesso de bombas de efeito moral, o grupo de manifestantes se aproximou do bloqueio e tentava novamente avançar.
Os manifestantes querem seguir em direção ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. No caminho, grupamentos de policiais militares estão de prontidão. Há barreiras formadas por PMs da Força Tática, da Tropa de Choque e da Cavalaria. A greve da categoria completa um mês nesta quinta.
O trânsito estava bastante complicado na região do Estádio do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, onde por volta das 15h. Ruas em volta da Praça Roberto Gomes Pedrosa e travessas das avenidas Giovanni Gronchi e Morumbi foram parcialmente bloqueadas por manifestantes.
O acesso aos hospitais Albert Einstein e São Luiz estavam prejudicados. No horário, começava a chover fraco na região, o que agravava as condições do tráfego. Os motoristas parados no local, sem orientação de trânsito, reclamavam e tinham dúvidas sobre que trajeto seguir.
O presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia de São Paulo, João Batista Rebouças Neto, reage às reclamações dizendo que a medida é necessária. "É preciso entender que, como a polícia defende a população, foi necessário chegar a esse ponto para melhorar as condições de trabalho".
Ele afirma que o sindicato tenta desde o mês de fevereiro entrar em contato com o governador José Serra. Segundo Rebouças, Serra não quer recebê-los e justifica que não tem dinheiro. Os policiais civis pedem 15% de reajuste salarial em 2008 e 12% para 2009 e 2010.