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 | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

Servidores de todas as carreiras da Polícia Civil do Paraná, que desde maio deste ano conquistaram direito a progredir de nível em suas carreiras - com impactos no subsídio (salário) –, estão sem receber o aumento. Segundo os policiais ouvidos pela reportagem, a corporação não passou nem uma perspectiva para que o direito seja pago. Oficialmente, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) confirmou que não há data para que as progressões saiam do papel. Em nota, a pasta informou que “a Secretaria da Fazenda está avaliando se há disponibilidade orçamentária no órgão para implementar as promoções”.

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Há uma divergência entre o número de servidores que conquistaram o direito a ascender de nível dentro de suas carreiras. Segundo a Sesp, seriam 127 policiais. Segundo os funcionários, seriam 397 servidores, entre investigadores, escrivães, papiloscopistas, agente de operações e delegados. O atraso na incorporação atingiria todas as carreiras da Polícia Civil.

O pagamento aos policiais por meio de subsídio foi implantado em 2012, por meio de lei estadual. Com a progressão não efetivada, um servidor ouvido pela Gazeta do Povo, por exemplo, deixa de receber R$ 325 por mês, a que teria direito. “O estado está descumprindo uma lei que ele mesmo criou e ‘comendo’ um dinheiro que conquistei por direito”, disse.

Um dos policiais atingidos é o investigador Roberto Ramirez, presidente do Sindicato dos Investigadores do Paraná (Sipol). Ele disse que a entidade fará um levantamento de quantos policiais têm direito à progressão e, em seguida, enviará um ofício à Sesp, solicitando o pagamento atualizado. “O que o estado está fazendo é um estelionato. Está dando um calote no servidor”, definiu.

Policiais ouvidos pela reportagem chegaram a cogitar entrar na Justiça, para exigir o pagamento. “Eu vou aguardar mais uns 15 dias e, se a progressão não foi implementada, vou entrar com uma ação no Juizado Especial da Fazenda Pública”, afirmou Ramirez. Alguns agentes, no entanto, temem represálias da corporação. “Eu estou estabelecido em Curitiba. Se eu entrar com uma ação, no dia seguinte me mandam para uma cidade qualquer, no Oeste ou no Norte, a 300 quilômetros daqui”, afirmou um policial.

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