A liminar (decisão judicial provisória) conseguida pela Procuradoria Geral do Estado, na manhã desta sexta-feira (19), proibindo a greve da Polícia Civil no Paraná vai impedir a paralisação, mas as manifestações devem continuar, segundo o sindicato da categoria. O presidente do Sindicato das classes policiais civis do Estado do Paraná (Sinclapol), André Luiz Gutierrez, garantiu que a determinação judicial será cumprida na íntegra, porém o movimento e as reivindicações estão mantidos.

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Gutierrez destacou que a determinação é que haja a "manutenção das atividades funcionais dos agentes de Polícia Civil" e, com isso, os serviços que não cabem à categoria deixarão de ser realizados pela classe. "Guarda de presos, escolta de presos e outras atividades administrativas deixarão de ser realizadas pelos policias civis a partir de segunda-feira (22) porque não são funções nossas. Estamos cumprindo a lei", declarou.

Segundo o presidente do Sinclapol, a partir de segunda-feira (22), os policias civis vão poder se dedicar à atividades como investigação de boletins de ocorrência e outras tarefas de responsabilidade da classe. Mesmo assim, ele afirmou que o movimento continua e confirmou as manifestações na Boca Maldita, no Centro de Curitiba, e também no calçadão central de Londrina, no Norte do estado na manhã de sábado.

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Reivindicações

Gutierrez ainda confessou que já esperava esta decisão proibindo a greve e que os policias receberam a notícia como um sinal de que não há interesse em negociar os pedidos feitos pelos policiais. A principal reivindicação dos policiais é a criação do plano de cargos, carreiras e salários (PCCS). O decreto estadual 5.721 assinado em 2005 previa um plano para a classe, mas o PCCS não chegou a ser concluído.

A classe ainda pede melhores condições de trabalho para os profissionais da área. Segundo o Sinclapol, as delegacias estão superlotadas e o efetivo é insuficiente, o que obriga muitos policiais a cuidar dos presos em vez de trabalhar na investigação dos crimes. O Sinclapol garante que está disposto a negociar.

Guarda Municipal

A Justiça também proibiu, nesta sexta-feira (19), a greve dos guardas municipais. Ao contrário dos policiais civis, o Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) decidiu manter a greve. Eles aguardam uma nova proposta da Prefeitura Municipal de Curitiba, mas garantem que, caso não cheguem a um acordo, vão pagar a multa de R$ 10 mil por dia estipulada pelo juiz e apenas 30% dos funcionários vão trabalhar a partir da 0 hora de segunda-feira (22).

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