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Delegacias

Policiais civis protestam contra superlotação

Sindicato associa demora no atendimento e na resolução de inquéritos à transformação de delegacias em cadeias | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Sindicato associa demora no atendimento e na resolução de inquéritos à transformação de delegacias em cadeias (Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo)

Representantes do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) realizaram ontem um ato em seis distritos policiais de Curitiba para expor à população a situação das delegacias em relação à superlotação de presos. Desde as 9 horas, policiais estenderam faixas de protesto em frente a algumas delegacias.

Com a frase "Mais de 100 presos e sem atendimento ao povo! O que é pior numa delegacia?", a faixa foi estendida nas delegacias de Furtos e Roubos de Veículos e Furtos e Roubos, além dos 9°, 11° e 12° distritos. Até o fim da tarde, segundo o sindicato, a faixa também seria levada para o 1° Distrito da Polícia Civil. De acordo com o Sinclapol, os seis distritos foram escolhidos porque são os locais que mantêm criminosos detidos.

Segundo o presidente do Sinclapol André Gutierrez, a intenção é mostrar aos curitibanos o motivo pelo qual há demora na resolução de inquéritos policiais e no atendimento para registros de boletins de ocorrência. "O investigador que deveria atender à população não o faz porque está cuidando de presos", disse. Ainda segundo Gutierrez, a situação no interior do estado é mais precária, porque, em alguns casos, há somente uma delegacia por município.

Para a próxima quarta-feira o sindicato programa uma panfletagem nos seis distritos para que as pessoas que forem atendidas recebam um informativo sobre a superlotação das delegacias e a precariedade no atendimento ao cidadão.

Outro lado

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pú­­blica do Paraná (Sesp) informa que até 2014 o Paraná terá novas instituições penais que vão somar outras vagas ao sistema prisional do estado. O órgão também esclarece que a transferência dos detentos para as penitenciárias depende da abertura de vagas no sistema, e que isso é feito de forma gradual.

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