Alunos da Escola Superior da Polícia Civil do Paraná fizeram um vídeo criticando o café servido aos investigadores. Nas imagens, eles compararam o que é ofertado aos alunos com o que eles chamam de “café colonial” servido aos delegados. O material está circulando em grupos do WhatsApp de policiais civis.
Nas imagens, policiais já nomeados em formação na escola mostram uma mesa servida com bolachas água e sal, segundo eles “moles”, e café frio. No momento seguinte, os policiais mostram outra mesa dentro de uma sala com uma mesa farta, com opções de pães, frios e sucos. Mas, segundo eles, o ambiente está trancado e somente pode ser acessado por delegados.
O presidente do Sindicato dos Investigadores do Paraná (Sipol), Roberto Ramires Pereira, disse que agendou uma reunião para a manhã desta quinta-feira (17) com o diretor da Escola Superior, Rogério Antônio Lopes. O objetivo é a apurar o que ocorreu naquela manhã. O vídeo foi gravado no último dia 14 de setembro.
“O que vemos ali é um tratamento não isonômico, discriminatório e abominável. O contribuinte paga impostos e imagina que o emprego desses recursos respeitará os princípios da impessoalidade. Não acreditamos que vamos melhorar a sociedade agredindo servidores na sua formação.”, afirmou Ramires.
Outro Lado
A Polícia Civil informou que instaurou uma investigação preliminar para apurar o fato na Escola Superior da Polícia Civil (ESPC). O procedimento, que será conduzido pela Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPC), deverá apurar se houve ou não discriminação no fornecimento de café da tarde servido aos alunos policiais civis (investigadores e delegados), bem como, apurar a conduta do aluno que produziu o vídeo.
A entidade negou, entretanto, que as bolachas servidas para os alunos estivesses moles. “A ESPC ofereceu um café aos convidados que participaram da solenidade de abertura do curso. As bolachas usadas tanto para os alunos, como para os convidados, não estavam moles, nem mesmo, o café estava frio”, afirmou o diretor da ESPC, Rogério Antônio Lopes.
A polícia disse também que as imagens foram feitas após os alunos terem tomado café e que, naquele dia, a diretoria da escola não recebeu qualquer reclamação dos alunos. Na nota enviada à reportagem, a direção da Polícia Civil enfatizou que qualquer ato em desconformidade com as regras de conduta contidas nas leis e no estatuto da Polícia Civil será rigorosamente apurado.
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