Dois policiais civis foram assassinados a tiros dentro de um automóvel Parati, de cor branca, anteontem, por volta das 23 horas, na Rua Arcanjo São Rafael, bairro Sítio Cercado, em Curitiba. O carro não tinha identificação da polícia. Segundo a Delegacia de Homícidios, Rubens Ferreira Lima, 49 anos, foi baleado na cabeça e braço. Edimilson Polchlopek, 34 anos, recebeu dois tiros na nuca. Os dois trabalhavam na delegacia de Polícia Civil de Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba.
"Os disparos foram dados por uma pessoa que estava dentro do carro, no banco de trás", disse o delegado Paulo Padilha, responsável pela investigação. Isso evidencia que o assassino era conhecido dos policiais e possivelmente deveria ter conversado com eles antes de cometer o crime. Ainda segundo o delegado, o primeiro a ser morto foi Polchlopek e, logo depois, Lima. "O assassino deu três disparos dentro do carro. Quando saiu atirou mais uma vez contra o Rubens."
De acordo com Padilha, os policiais estariam procurando homicidas e traficantes que teriam cometido crimes em Almirante Tamandaré e estariam no Sítio Cercado. A dupla teria um informante no bairro, com quem buscava informações. Para o delegado, Lima e Polchlopek foram negligentes na abordagem ao possível criminoso. "Houve falhas e falta de atenção. Colocaram uma pessoa dentro do carro sem revistá-la adequadamente. Isso não pode acontecer. Vamos averiguar porque não houve a revista. Foi muito excesso de confiança da parte deles", afirmou.
A polícia acredita que mais pessoas estão envolvidas no crime. A investigação já descartou a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), já que nada foi levado dos policiais. Corrente de ouro, carteira com dinheiro e celular foram deixados dentro do veículo.
Padilha disse que um homem foi preso no Sítio Cercado por porte ilegal de arma. "Esse indivíduo foi detido com um revóver 38 e achamos que ele pode ajudar a esclarecer alguns fatos". Porém, os tiros que mataram os policiais foram disparados de uma pistola 9 milímetros. "Ainda assim, acreditamos numa possível ligação com o crime", emendou o delegado.
A reportagem apurou que Edimilson Polchlopek estava sendo investigado por improbidade administrativa e que, por esse motivo, não poderia exercer trabalhos de investigação. "Se não me engano ele é investigado por uma possível agressão a uma pessoa detida na Delegacia de Furtos e Roubos", disse Padilha. Polchlopek trabalhava no setor de Recursos Humanos na delegacia de Almirante Tamandaré. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou, por meio da assessoria de imprensa, que todas as hipóteses que podem ter causado o crime serão levantadas e que nenhuma linha de investigação será descartada.
O delegado de Almirante Tamandaré, Juliano Fonseca, foi procurado pela reportagem para explicar por que Polchlopek participava de uma atividade de investigação, mas ele não foi encontrado. Ontem, no final da tarde, os dois policiais foram sepultados em Curitiba.
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